Publicado em 09/01/2023 às 7:58
| Atualizado em 09/01/2023 às 10:09
As imagens de invasões em Brasília por grupos terroristas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro têm chocado o mundo.
Ainda nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (9), grupos de manifestantes continuavam no local após a destruição dos prédios que representam os Três Poderes da democracia Brasileira.
Nesta segunda-feira (9), cerca de 1200 pessoas que estavam em frente ao Quartel General do Exército de Brasília foram detidas pela polícia. Os manifestantes foram levados em um comboio de 40 ônibus.
A Polícia Civil do Distrito Federal confirmou, na noite do domingo (8), a prisão de 300 pessoas envolvidas na invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília.
Segundo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o número de pessoas detidas era de 400.
"Todos estão sendo encaminhados ao edifício-sede de nossa instituição. Estão sendo identificados e ouvidos nos autos do inquérito que investiga todos os atos criminosos ocorridos esta tarde na Esplanada dos Ministérios", informou a Polícia Civil.
INVASÃO NO CONGRESSO: IMAGENS da INVASÃO de MANIFESTANTES em BRASÍLIA
PRESOS EM BRASÍLIA
A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal informou que criminosos dos Três Poderes em Brasília começaram a ser transferidos para unidades prisionais na manhã desta segunda-feira (9).
Os homens serão levados para o Complexo da Papuda e as mulheres para a Colmeia, Penitenciária Feminina do Distrito Federal. Ainda não há informações sobre quantos presos já chegaram nos presídios.
Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em coletiva de imprensa, todos que participaram dos atos golpistas serão punidos.
Flávio Dino ainda destacou que as penas para os terroristas podem chegar a 20 anos de reclusão.
INVASÕES EM BRASÍLIA
Com informações do Estadão Conteúdo
Bolsonaristas invadiram na tarde deste domingo (8) a sede dos três Poderes da República e deixaram um rastro de destruição pelos principais edifícios de Brasília.
Sem atuação ostensiva da Polícia Militar, vândalos pediram intervenção militar e a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em reação, decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.
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A passeata começou por volta das 14 horas e tinha por objetivo levar o caos para uma tomada de poder. Perto das 15 horas, o grupo desceu pelo Eixo Monumental, furou, sem resistência, o bloqueio da PM e ocupou gramado, rampas, acessos e teto do Congresso. Houve a primeira invasão, com cenas de vandalismo no Senado e na Câmara.
Em seguida, pela Praça dos Três Poderes, transformada em campo de batalha, os radicais tomaram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Quebraram vidraças, entraram em gabinetes e depredaram obras de arte. Houve focos de incêndio.
Os plenários de Câmara, Senado e STF foram ocupados. Exibiram como troféu a porta do armário onde fica a toga do ministro Alexandre de Moraes - visto como algoz por bolsonaristas. Tudo foi transmitido em redes sociais, ao vivo, pelos invasores.
Do lado de fora do Congresso, os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro aplaudiram PM. Transmissões ao vivo, em redes sociais, mostraram os manifestantes chamando policiais de patriotas. Nas lives, os extremistas divulgavam os atos de vandalismo.
Houve cenas de leniência de PMs, que tiraram fotos com manifestantes e compraram água de coco, enquanto o tumulto se formava.
Os atos de cunho golpista foram controlados pelas forças de segurança - PM, Polícia Civil, Força Nacional de Segurança, Polícia Federal e Polícia do Exército - cerca de três horas e meia depois.
Os bolsonaristas agrediram, ainda, policiais, que reagiram com bombas de gás, spray pimenta e cavalaria. O primeiro prédio liberado foi o do STF, depois Planalto e Congresso. Do alto, um helicóptero da PF também fazia disparos e foi usado jato d'água.
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