Alguns dos criminosos que participaram do ataque contra o ônibus da delegação do Fortaleza foram identificados, segundo o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho. O crime, que o chefe da pasta classificou como tentativa de homicídio, aconteceu na madrugada da última quarta-feira (21), logo após a partida contra o Sport Club do Recife.
"Não podemos entrar em detalhes da investigação para não atrapalhar, mas posso dizer que já há identificados”, disse ele, sem especificar quantos seriam. “É algo que repito sempre quando tem um crime relevante: tenham paciência que vamos dar a resposta, que será proporcional ao crime que foi cometido”, pediu.
A declaração foi feita após uma reunião com o Grupo de Trabalho (GT) Futebol que durou pouco mais de 2h entre a manhã e tarde desta sexta-feira (23), realizada na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).
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Em entrevista à imprensa, Carvalho prometeu que, a partir de agora, será reforçado o policiamento na escolta dos times visitantes. “Essa escolta que era feita era com a intenção de livrar o trânsito, de acompanhar a delegação do hotel para o estado, e do estádio pro hotel. Então, em cada situação será feita uma análise de risco para dimensionar a escolta”, afirmou.
Uma das grandes preocupações dos torcedores tem sido em relação ao clássico Náutico e Sport, marcado para as 16h30 deste sábado (24). Sobre isso, o comandante da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), Ivanildo Torres, informou que haverá 586 policiais fazendo a segurança durante a partida. “Temos certeza que esse jogo será tranquilo e que todas as operações que nós planejamos vão ser executadas”, alegou.
Além da segurança estadual, também participaram da reunião, feita a portas fechadas, representantes dos clubes de futebol, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), do Ministério Público do Estado (MPPE) e da Federação Pernambucana de Futebol.
ENCAMINHAMENTOS
Um dos encaminhamentos foi um pedido para que os clubes forneçam a infraestrutura necessária para que o Estado utilize câmeras de reconhecimento facial durante os jogos a fim de impedir a entrada de pessoas com mandados de prisão em aberto. “O que nós pedimos aos clubes foi somente a logística dentro do estádio - de internet, de eletricidade e uma sala onde os equipamentos possam ser montados.”
Ainda, voltou a defender a identificação com nome, CPF e foto nos ingresso. "Saber quem foi ao estádio é algo essencial para a investigação. Hoje, se a gente tiver que levantar quais pessoas foram assistir ao jogo, não temos a informação".