Em meio à escalada do coronavírus, que já soma mais de 200 mil casos no mundo, ao menos uma notícia inspiradora. Sem a horda de turistas e com a população recolhida em quarentena, a cidade italiana de Veneza, normalmente assolada pelo over turismo, agora assiste a vida renascer em seus canais.
>> Ministro da Saúde afirma que casos de coronavírus no Brasil vão aumentar nos próximos dias
>> Turistas pernambucanos retidos em Lisboa não conseguem voltar para casa
Imagens da página pública Venezia Pulita (Veneza Limpa) mostram as águas, geralmente poluídas, agora cristalinas, em tons de verde e azul. Nas fotos, é possível até ver peixes prateados nadando no fundo dos canais e famílias de patos que parecem retornar alegremente ao seu habitat.
São um contraponto às cenas distópicas vistas em toda a Itália, segundo país mais afetado pela pandemia, depois da China, com mais de 2,5 mil mortos. Em seguida, vem o Irã, com quase mil mortos. No Brasil, há três mortes registradas até a tarde desta quarta-feira (18).
Na Itália, assim como em outros países europeus, casos de Portugal, Espanha e França, foi decretada quarentena total. Portanto, as pessoas só devem sair de casa por motivos essenciais. A União Europeia, inclusive, fechou as fronteiras temporariamente desde a segunda-feira (16). No Brasil, por enquanto, há apenas a recomendação de evitar o contato social para tentar barrar a proliferação do vírus.
Em muitas das cidades em quarentena, moradores relatam que voltaram a ouvir o canto de pássaros e passaram a dormir melhor com o silêncio noturno.
Talvez o período de quarentena nos dê tempo para desacelerar e pensar, a partir de cenários como esses, em novas formas de estar no mundo e transitar por ele. Com menos danos e adoecimento, e mais sensibilidade e empatia. Por nós, pelo outro, pelo meio ambiente e pelo futuro.