Depois da aparição de pelo menos 23 tubarões na orla de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, a 80 km de Florianópolis, por conta da megaobra de alargamento da Praia Central da cidade, a expectativa é que eles não voltem mais agora que o serviço já foi finalizado. Ao menos é o que esperam os estudiosos, além, claro, dos moradores e turistas. A nova orla deverá ser entregue no próximo sábado.
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A "contagem" dos tubarões foi feita pelo Museu Oceanográfico da Univali, em Balneário Piçarras. O pesquisador da instituição e curador do museu Jules Soto explicou a relação do aparecimento dos animais com as obras de alargamento. "Era natural encontrá-los a 2 metros de profundidade. A movimentação e a aparição em maior quantidade são naturais por conta das mudanças na cadeia alimentícia", disse Soto.
Os estudiosos salientam que os animais não são "novos" no litoral Sul do Brasil e as que espécies como o tubarão-martelo, tubarão-azul e mangona são próprias da região. "Com a dragagem de areia do fundo oceânico há o afloramento e exposição das espécies que vivem no fundo do mar, ativando ainda mais o processo da cadeia alimentar. Seres marinhos como crustáceos, moluscos e pequenos peixes se tonam presas fáceis para peixes maiores e, estes peixes maiores atraem outros ainda maiores que é o caso dos tubarões", contou André Neto, biólogo marinho e responsável técnico do Oceanic Aquarium.
OBRA
O transporte de areia para o local começou no no dia 22 de agosto quando a draga Galileu Galilei, que veio do Oriente Médio, iniciou a retirada de areia de uma jazida no fundo do mar a 15 km da orla. Assim a largura da faixa de areia passou de 25 metros para cerca de 70.