O exercício aumenta a demanda energética do corpo, fazendo com que a glicose circulante diminua. Foto: Divulgação.
Os números assustam. Sobretudo quando muitos desconhecem que têm a doença. Segundo levantamento da International Diabetes Federation (IDF), o Brasil tem aproximadamente 14 milhões de indivíduos com diabetes. Boa parte sequer recebeu o diagnóstico. Em um cenário tão preocupante, o exercício físico, desde que bem orientado por um profissional de Educação Física, aparece como grande aliado na prevenção, tratamento e controle da doença.
O diabetes é uma doença do metabolismo da glicose, causada pela ausência de produção de insulina pelo pâncreas (tipo 1) ou pela falha de alguns receptores desse hormônio (tipo 2), responsável por levar a glicose para dentro das células. No primeiro caso, a ocorrência se dá pela via genética e se manifesta já na infância. Já no segundo é uma condição adquirida, aparecendo a partir dos 35, 40 anos.
Independente do tipo de diabetes diagnosticado, os dois casos tem a indicação de serem controlados com exercício físico.
"Com o exercício físico, os músculos começam a trabalhar mais e o corpo vai precisar de mais energia. A insulina, que no caso do diabetes tipo é aplicada no paciente, vai identificar essa demanda e, com isso, a glicose circulante vai obrigatoriamente diminuir”
Ruy Lyra, endocrinologista.
Dr. Ruy Lyra apontou a possibilidade de diminuir o uso de insulina por quem tem diabetes tipo 1, com exercícios físicos e dieta adequada
Como consequência, o insulino dependente pode passar a usar doses menores do hormônio. Tudo, porém, depende de como a alimentação é encarada pelo diabético. “Se você faz exercícios regularmente e tem uma alimentação adequada, a necessidade de insulina, frente a quem não faz isso, é nem menor. Isso, no entanto, não quer dizer que a quantidade de insulina utilizada é mais ou menos danosa. Pensar assim é um equívoco. Mas quem faz tudo certinho, passa a necessitar de menos insulina”, completou.