O músico nigeriano Tony Allen, baterista e criador do Afrobeat com seu compatriota Fela Kuti, morreu nesta quinta-feira (30), em Paris, aos 79 anos, disse empresário do artista à AFP.
"A causa exata da morte é desconhecida", declarou Eric Trosset, acrescentando que não era o novo coronavírus. "Ele estava em sua melhor forma, foi bastante repentino. Falei com ele às 13h e duas horas depois ele se sentiu mal e foi transportado para o hospital Pompidou, onde morreu", relatou.
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Nas décadas de 1960 e 1970, Tony Allen foi o baterista e diretor musical de seu compatriota Fela Kuti, com quem criou o afrobeat, um gênero sincopado que mistura ritmo iorubá, jazz e funk, que se tornou uma das correntes fundamentais da música africana no século XX. O mestre do afrobeat morava perto de Paris.
A essa música, Fela adicionou as letras revolucionárias e pan-africanistas que o tornariam um dos símbolos da luta pelas liberdades na África.
Com Fela e o grupo Africa 70, Allen gravou cerca de quarenta álbuns, antes que os caminhos dos dois músicos se separassem após 26 anos de colaboração.
Seu ritmo era tão intenso que, quando ele deixou Fela, foi necessário incluir quatro percussionistas na banda.
O músico britânico Brian Eno definiu Tony Allen como o "melhor baterista" de todos os tempos.
Autodidata, Tony Allen começou a tocar aos 18 anos e se alimentou do som de Dizzy Gillespie e Charlie Parker, além da música africana contemporânea.
Também tocou bateria em The Good, The Bad e The Queen, um dos projetos do ex-líder do Blur Damon Albarn.