O FestCurtas Fundaj 2020 divulgou a lista dos premiados da sua primeira edição. Durante seis dias (7 a 12 de julho), o I Festival Nacional de Curtas On-line do Cinema da Fundação exibiu 44 curtas de 14 estados, teve mais de 105 mil acessos.
Os filmes concorreram aos prêmios de Melhor Ficção, Documentário e Animação, além do Prêmio Cinemateca Pernambucana e Prêmio do Público. O júri concedeu ainda cinco menções honrosas.
Leia também: Cinema da Fundação promove mostra online de curtas com acessibilidade
Leia também: Cinema da Fundação lança FestCurtas nesta terça (07)
“Conseguimos realizar um festival totalmente online, sem registros de falhas técnicas e com alta performance na exibição dos filmes, apesar de tráfego total de mais de 105 mil acessos, numa média de 17 mil visualizações diárias”, comemora Ana Farache, Coordenadora do Cinema e da Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco.
A Barca (AL), de Nilton Resende, foi o grande vencedor do prêmio de Melhor Ficção. No filme, duas mulheres dialogam dentro de uma barca, até que um acontecimento impactará a travessia e a vida de ambas. O curta é baseado no conto de Lygia Fagundes Telles.
Já para Melhor Animação, o troféu foi para Mãtãnãg, A Encantada (MG), de Shawara Maxakali e Charles Bicalho. Por meio de belíssimas imagens, a animação acompanha a jornada da índia Mãtãnãg junto ao espírito do seu marido, morto picado por uma cobra. Juntos, eles desafiam as barreiras entre o mundo terreno e o espiritual.
Nadir (SE), de Fábio Rogério, levou o prêmio de Melhor Documentário. O curta retrata de forma sensível o cotidiano de Nadir, mestra de cultura popular de uma comunidade quilombola no interior de Sergipe.
Destinado para a melhor produção local, o Prêmio Cinemateca Pernambucana foi para Marie, de Leo Tabosa. A trama gira em torno da personagem-título, que revisita seu passado de tensões e preconceitos para enterrar o pai na cidade do Crato, sertão do Ceará.
Com mais de 700 votos, Joãosinho da Goméa – O Rei do Candomblé (RJ), de Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra, foi escolhido pelos internautas como o vencedor do Prêmio do Público. O filme apresenta Joãosinho da Goméa como narrador principal de sua história.
Com músicas cantadas por ele, performances provocadoras e arquivos diversos que ressaltam o quanto ele é importante para as religiões de matriz africana. No total, o FestCurtas registrou 4.600 votos durante seus seis dias de realização.
O júri de premiação foi composto pelo diretor Camilo Cavalcante, o distribuidor Bernardo Lessa e a pesquisadora Amanda Mansur.
O programador e distribuidor Bernardo Lessa, ressaltou a importância do segmento do curta no audiovisual brasileiro. “Não só pela sua própria expressão artística mas também por ser a base de formação dos futuros profissionais que irão realizar, longas, distribuídos em salas de cinema e que fazem girar a roda do cinema nacional”, finaliza Lessa.
Os diretores premiados de outros estados receberão passagens áreas e diárias para participarem da Mostra presencial do FestCurtas Fundaj, no Cinema da Fundação, no Recife. Os filmes serão exibidos na programação do cinema, durante uma semana cada, assim que o equipamento for reaberto.
Os cineastas vencedores receberão também passe livre para frequentarem as salas do Cinema da Fundação (com um acompanhante), durante dois meses, quando o equipamento voltar a funcionar normalmente.
Já nesta sua primeira edição, o FestCurtas Fundaj 2020 teve 520 inscrições de filmes de 21 estados, além de oito inscrições de brasileiros que moram no exterior. Foram recebidos trabalhos em diversos gêneros, técnicas e abordagens sociais e culturais. São Paulo e Pernambuco foram os estados que mais fizeram inscrições, com o envio de 145 e 135 curtas, respectivamente.
Premiação