Dando continuidade à programação semanal Celebrações da Memória, fruto de uma parceria com a Academia Pernambucana de Letras (APL), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) transmite nesta quarta-feira (7), às 17h, ao vivo através de seu canal no YouTube, a palestra do jornalista e acadêmico José Mário Rodrigues a respeito da vida e obra do poeta Joaquim Cardozo.
A fala de José Mário, detentor da cadeira nº 30 da APL, será divida em dois momentos, alternando entre aspectos biográficos do autor de O Coronel de Macambira (1963) e a sua poesia contada e cantada. “Ele poderia ser dito como um gênio, pois além de ser um grande poeta era o engenheiro calculistas preferido de Oscar Niemeyer”, aponta o jornalista.
Natural do Recife, Joaquim Cardozo se tornou um dos maiores nomes no Século XX por transitar entre a poesia, a dramaturgia e o universo rígido das ciências exatas. Ainda assim, soube com naturalidade estabelecer uma relação entre ambos espaços.
Ocupou a cadeira nº 39 da APL, foi professor universitário, desenhista, ilustrador, caricaturista, crítico de arte e editor de revistas de arte e arquitetura. Além da poesia, atuou como tradutor, escreveu contos e peças teatrais, como De uma noite de festa (1971), Os anjos e os demônios de Deus (1973), O capataz de Salema (1975), Antônio Conselheiro (1975) e Marechal, boi de carro (1975).
Rodrigues recorda que foi apresentado a Cardozo na década de 1970. Na época, coordenava um dos suplementos literários dos jornais do Estado e acabou tendo a sorte de entrevistar o poeta em três ocasiões.
Os textos podem ser encontrados na edição especial de Joaquim Cardozo - Poesia Completa e Prosa (Nova Aguilar e Massangana, 2007), volume único lançado em parceria com a Fundaj. “Joaquim era um poeta pós-22, pós-modernismo. Além de um matemático, era um poeta de muita doçura. Sua poesia era marcada pela delicadeza de quem vai de A a Z”, finaliza.