"Cracolândia", música faz alusão à famosa rua do centro de São Paulo onde o comércio ilegal divide espaço com usuários de drogas, também ganhou videoclipe, com uma produção carregada de simbolismo que relata a luta contra o vício, a dor das famílias que convivem com ele e a contraposição de todo esse contexto, representada pela pureza das crianças.
“É uma população abandonada pela maioria, tanto poder público, como quem passa por eles, vistos como marginais e não como pessoas que precisam de ajuda, que, apesar do vício que vivem, são pessoas que perderam sonhos, famílias, ideais, por causa da droga, e quisemos retratar essas pessoas esquecidas”, fala MC Hariel.
Para Ryan é um sonho realizado. “Fazer parte deste projeto junto com Alok, uma referência mundial, além dos meus parceiros de funk, é muito satisfatório. O impacto que isso pode ter, é que a favela tem voz! Gostaria que todos que ouvirem, tenham um impacto no coração e percebam que tudo isso é ilusão, seja o mano da favela, como o playboy”.
Com produção de Alok, a música vem na pegada do funk consciente, diferente dos ritmos eletrônicos que o público está acostumado nas produções do DJ. O estilo musical, que ganha cada vez mais espaço na cena, busca alertar e conscientizar as pessoas sobre problemas do nosso cotidiano, sem, é claro, deixar de apresentar à população as virtudes da periferia, com mensagens de alerta, esperança e fé.
Questionado sobre essa parceria, Alok comenta: “É muita honra fazer parte dessa história! Esse é um projeto com muita gente envolvida que acaba se tornando referência para outros jovens com esse poder transformador traduzido em música que é capaz de levar reflexão para muita gente. Eles inspiram não só a mim, mas também jovens que dependem de incentivo para sonhar. Eu estou realmente muito orgulhoso do resultado”.
“Para mim essa música representa muita coisa! Além do projeto e das pessoas que estão envolvidas, é uma oportunidade maravilhosa que me deram, tem a mensagem que traz, porque são coisas que rodeiam a gente, principalmente na periferia”, diz Salvador da Rima.