O artista plástico Ayodê Franca tem usado o Instagram (@ayode_franca e @divindidadesancestrais) para divulgar as 20 ilustrações que criou para o projeto Divindades Ancestrais. Nele, o olindense criado no bairro de Peixinhos parte da iconografia das religiões de matriz africana para reforçar a importância do conhecimento e da valorização das raízes ancestrais na construção de identidades coletivas e individuais, com ênfase nas populações negras.
Os orixás Ogum, Oxum, Oxalá, Xangô, Exu, Iemanjá, Obaluaiê, Oxóssi, Iansã e Oxumaré são representados em imagens disponibilizadas gratuitamente, em alta definição, no site ayoderock2.wixsite.com/ancestrais. Cada uma das divindades estampa dois desenhos.
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"É uma forma de afirmar para mim e para quem eu puder alcançar que nós negros não somos descendentes de escravos, somos filhos de povos escravizados. A história dos nossos ancestrais não começa no dia em que eles foram sequestrados de África. Os ritos, costumes e mitologias, que sobreviveram ao esforço brutal de apagar nossa história e identidade, são a prova de que esse é apenas um recorte, um momento, dentro de uma trajetória muito maior, mais rica e bela", ressalta Ayodê.
Exatamente pelo intuito de difundir mais conhecimento sobre os povos de ascendência africana, o artista destaca a disponibilidade de acesso às imagens, que podem ser reproduzidas em peças de vestuário, como camisetas; de decoração, a exemplo de pôsteres, cortinas e jogos americanos; acessórios, artigos para divulgação e de uso pessoal. Totalmente autorais, os desenhos foram feitos manualmente, em papel couché 200g, em técnica mista, e digitalizados em seguida. Divindades Ancestrais tem apoio do edital da Lei Aldir Blanc em Pernambuco.
MAIS SOBRE AYODÊ FRANÇA
Além de artista plástico e ilustrador, Ayodê França é designer, tatuador e realizador audiovisual. Seus desenhos estão impressos em trabalhos como o livro infanto-juvenil O Tapete de Carneiro no Quarto de Meditação (2020), de Jonas Ribeiro; e a HQ Tô Miró (2017), inspirada pelas poesias de Miró da Muribeca. Também ilustrou cartazes para diversos eventos, como os promovidos pela Casa do Cachorro Preto, na Cidade Alta de Olinda, e a edição 2017 do Festival Rec-Beat, no Cais da Alfândega, Centro do Recife.
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