A ideia do compositor como um gênio solitário, isolado do mundo, não se adequa a Luiz Gonzaga, artista falecido há 32 anos que, ao longo de sua carreira teceu parcerias com diversos cantor e compositores, criando músicas inesquecíveis. Entre os seus colaboradores, com quem manteve uma relação mais prolífica foi com Zé Dantas. Ambos pernambucanos, eles escreveram clássicos como Vem Morena, Acauã, Riacho do Navio, A Volta da Asa Branca e Sabiá.
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Nascido em Carnaíba, Sertão do Pajeú, José de Sousa Dantas Filho era considerado por Luiz Gonzaga como seu parceiro musical predileto. O artista, que em 27 de janeiro de 2021 completaria 100 anos, era, além de compositor, poeta e folclorista. O gosto pela música, inclusive, ficou na família: sua neta Marina Elali é cantora.
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Outro grande parceiro de Gonzagão foi o cearense Humberto Teixeira. O encontro entre os dois aconteceu em 1945, no Rio de Janeiro e entre as composições que surgiram da amizade dos dois estão clássicos como Asa Branca e No Meu Pé de Serra.
Fã de Luiz Gonzaga, o paraibano Zé Marcolino tentou diversas vezes entrar em contato com o ídolo através de cartas, mas nuncao obteve resposta. Certa vez, quando soube que o Rei do Baião estava em um hotel nas proximidades, conseguiu a atenção do pernambucano. Luiz Gonzaga gostou do que ouviu e o convidou para ir com ele ao Rio de Janeiro e dessa parceria originaram-se canções como Pássaro Carão, Numa Sala de Reboco, Saudade Imprudente, Cacimba Nova, Serrote Agudo, entre outras.
Com João Leocádio da Silva, artista natural de Arcoverde, Luiz Gonzaga também compôs alguns de seus grandes sucessos, como Forró de Ouricuri. João, inclusive, foi um compositor múltiplo, escrevendo mais de duas mil canções, algumas delas interpretadas por nomes como Jackson do Pandeiro, Flávio José, Lenine, Quinteto Violado, Zeca Baleiro, entre outros.
Com cantores, Luiz Gonzaga também dividiu os vocais com grandes nomes da nossa música, como Gal Costa, Fagner, Elba Ramalho, entre outros.