Considerada um ícone do surrealismo brasileiro, a artista pernambucana Wilma Lacerda faleceu na madrugada desta quarta-feira (27), aos 78 anos. Há um ano, ela se tratava de mal de alzheimer. O corpo da artista foi sepultado na tarde desta quarta no Cemitério de Santo Amaro, no Centro do Recife, após uma cerimônia restrita à família e amigos.
Wilma iniciou sua carreira no Recife, mas logo se mudou para o Rio de Janeiro na década de 1960. A pintora, ilustradora e gravadora estudou Pintura e Desenho, na Escola de Belas Artes - UFPE, e também no Centro de Pesquisa de Artes da Lagoa (Brasília, DF), com Ivan Serpa e Bruno Tausz; Gravura / Escultura, na Universidade de Brasília.
Manteve um atelier em Búzios, na região dos Lagos, entre as montanhas e o mar. Também manteve um estúdio de produção em Brasília, em Olinda e nas últimas décadas em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.
Wilma Lacerda foi aluna do pintor Ivan Serpa. A artista tem suas artes expostas em museus e galerias de países, como Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, França, Bélgica, Japão, China, Austrália, entre outros.
Ao longo da carreira, a artista realizou 19 exposições individuais, entre elas na Hamilton Gallery, de Londres, e mais 41 exposições coletivas, como a da Gallery Brazilian Art Incorporated, de Nova York, e a exposição na carioca Galeria Vernissage. A coletiva aconteceu nos anos de 1970 com os amigos surrealistas Walter Levy e Roni Brandão.