Diogo Nogueira foi uma das atrações do evento "Os Reis do Samba", que transformou o Recife num grande palco do ritmo brasileiro no último sábado (30), no Memorial Arcoverde.
Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e Fundo de Quintal foram as demais atrações da programação.
Muito aguardado pelo público, Diogo Nogueira apresentou o projeto "Samba de Verão", composto por uma trilogia audiovisual com três álbuns, "Sol", "Céu" e "Lua". No setlist, cantou músicas inéditas que já se tornaram sucesso, como "Bota Pra Tocar Tim Maia" e "Ouro da Mina" e "Cadê?".
Também incluiu no repertório junto com os hits "Andança", uma homenagem a Beth Carvalho, e "Espelho", de seu pai João Nogueira, "Pé na Areia", "Clareou", "Flor de Caña", dedicada à namorada e musa inspiradora, Paola Oliveira, e "Deu Samba". Confira a entrevista que o sambista deu ao JC:
Como foi voltar a celebrar o Carnaval em 2022, sobretudo na Sapucaí?
Foi muito especial. Para quem ama o carnaval como eu, poder celebrar na avenida, ver as escolas tirando o grito que estava guardado na garganta depois desse tempo todo sem desfile, foi realmente emocionante.
Seu lançamento mais recente é 'Fim do Horizonte', com o Hamilton de Holanda. Como foi retomar a parceria com ele para essa música?
Retomar esta parceria com meu amigo e parceiro Hamilton de Holanda é uma alegria, trabalhar com ele me dá muito prazer e orgulho. O projeto “Bossa Negra” surgiu de um desejo meu e do Hamilton de reverenciar os nossos ancestrais, de onde tudo veio, da raiz, do batuque. Após o lançamento de nosso primeiro álbum, tivemos ótimos resultados e fizemos uma turnê pela Europa em 2015, onde gravamos o filme “Bossa Negra, uma viagem musical” que retrata toda a viagem que fizemos e que, Inclusive, será lançado em breve.
Já 'Deu Samba', outro single recente, chegou até você pelas redes sociais. Por que você topou gravar a música? Acha que os compositores descreveram bem seu relacionamento com a Paolla?
Descobri esta música de forma surpreendente. Como você comentou, os autores Rennan Fiori e Berg Vicente postaram um vídeo nas redes sociais cantando este samba inédito, pedindo para que alguém fizesse a música chegar até mim. Rapidamente fui marcado em várias postagens, ouvi e gostei. É aquele tipo de música que quando você ouve pela primeira vez se emociona e dá vontade de ouvir mais e mais vezes. O samba fala de amor e foi inspirado na minha história com Paolla. Imediatamente chamei os produtores Rafael dos Anjos e Alessandro Cardozo e em poucos dias a música já estava gravada, lançada e hoje o público canta em meus shows.
Ainda sobre Carnaval: como foi ver a Paolla Oliveira desfilando? Você acompanhou os bastidores da participação dela? Deu apoio de alguma forma?
Ela arrasou na avenida e com certeza também ajudou a Grande Rio ser a campeã esse ano. Estive com ela durante o desfile e acompanhei todo o processo, e, sempre que pudermos, estaremos juntos, um apoiando o outro.
O que você poderia falar sobre projetos futuros? Têm livro, musical e filme sobre o seu pai, João Nogueira, certo?
Minha família está preparando esta homenagem ao meu pai, João Nogueira, com livro, filme e musical. Ainda não posso adiantar os detalhes, mas mais pra frente vocês saberão das coisas boas que virão pela frente.
Como você está se sentindo em relação a interpretar seu próprio pai em um musical?
Sou movido a desafios e a cada dia me sinto mais preparado para ampliar meu campo de atuação. Não sou um ator profissional, mas tudo que me proponho a fazer faço com muita entrega e dedicação.