A atriz Regina Duarte, que chegou a ser secretária especial de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, terá de devolver um valor de R$ 320 mil ao Estado.
A quantia é referente projeto financiado pela Lei Rouanet para a peça teatral "Coração Bazar". O atual secretário de cultural, Hélio Feraz de Oliveira, recusou o recurso da empresa da Regina, A Vida é Sonho Produções Artísticas.
De acordo com a Veja, que publicou sobre o caso, a área técnica do Ministério da Cultura reprovou a prestação de contas da mencionada peça em 2018.
André Duarte, filho de Regina, disse em entrevista que a prestação de contas foi reprovada porque não apresentaram os comprovantes de que a peça não cobrou ingressos em apresentações realizadas entre 2004 e 2005. O argumento do projeto seria justamente essa gratuidade.
Regina Duarte já criticou a Lei Rouanet
Mesmo usando a Lei de Incentivo para os seus projetos, Regina Duarte já criticou a Lei Rouanet nas redes sociais e comemorou a redução do teto para cachês em projetos culturais realizados por meio da iniciativa. Ela definiu a redução de 93,4% como uma "novidade importante no setor cultural brasileiro".
Regina foi secretária especial da Cultura do governo Bolsonaro, mas ficou apenas dois meses e meio no cargo, saindo após acumular polêmicas e desgaste.
O governo federal chegou a prometer a Cinemateca Brasileira, o que não ocorreu. Agora, ela segue sem trabalhos no setor artístico.
De acordo com o portal, Na Telinha, a ex-ministra da cultura chegou a negociar participação na série "Segundas Intenções", da HBO Max, e pediu um cachê de R$ 500 mil por mês.