A onda de demissões na rádio Jovem Pan, após a vitória de após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seguiu nesta terça-feira (1º). Após demitir nomes como Augusto Nunes, Guilherme Fiúza e Caio Coppola, a emissora também decidiu desligar jornalista Carla Cecato.
A comunicadora participava do programa de opinião e debates Linha de Frente, na Jovem Pan, quando fazia comentários que seguiam a narrativa difundida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
Nas edições do Linha de Frente, Carla Cecato fazia críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Durante as eleições deste ano, o magistrado publicou medidas que contrariavam Bolsonaro. O presidente eleito Lula também era alvo de críticas da comentarista.
DEMISSÕES NO JOVEM PAN
Na manhã da segunda-feira (31), o colunista Ricardo Feltrin, do UOL Splash, noticiou a demissão do comentarista político Caio Coppola. Em seguida, foi divulgada a saída dos jornalistas Augusto Nunes e Guilherme Fiúza, do programa Os Pingos nos Is.
No fim da tarde, o jornalista Guga Noblat publicou no Twitter que tinha acabado de ser demitido da Jovem Pan. "Acabo de ser comunicado que estou fora da Jovem Pan por não ter defendido a rádio na história da censura. Estava desde a semana passada afastado e agora é definitivo", escreveu Noblat.
Para além da esfera opinativa da emissora, as demissões chegaram na equipe de jornalismo da Jovem Pan. Isso porque o repórter Maicon Mendes também recebeu o anúncio de sua saída da rádio.
Novo editorial da Jovem Pan
Em editorial, nesta segunda-feira (31), após vitória de Lula, o Grupo Jovem Pan disse que renova "compromisso com a democracia".
O texto também afirma que o grupo de comunicação "não vai se omitir e jamais vai aceitar afrontas ao Estado Democrático de Direito e a destruição de nosso país".