O Recife encerra a programação do Natal dos Encontros, nesta sexta-feira (6), celebrando a tradicional Queima da Lapinha, liturgia da cultura popular que abre alas para os preparativos e festejos de Momo na cidade.
O evento vai reunir, a partir das 17h30, 12 pastoris, além de três orquestras, bloco lírico, grupos de dança e passistas para consagrar ao fogo os desejos e expectativas para o novo ano, que chega devolvendo o Carnaval ao Recife, após dois anos de saudade.
A concentração será a partir das 17h30, no Pátio do Livramento. De lá, pastoras, Dianas, borboletas, brincantes e orquestras saem em cortejo pela Duque de Caxias, Praça do Diário e Dantas Barreto, até alcançar o Pátio de São Pedro, onde a Lapinha será queimada.
Trazida pelos jesuítas nos idos do século XIX, a tradição tem seu simbolismo relacionado à manjedoura onde nasceu o Menino Jesus e ao dia em que ele foi visitado pelos três reis magos. Feita de folhagens secas e incensos, a Lapinha é queimada para consagrar ao fogo as esperanças, desejos e auspícios para o ano que se inicia.
Antes da queima, o público é convidado a escrever seus votos e pedidos em pequenos pedacinhos de papel, que são colocados na Lapinha para serem espalhados pelo fogo no vento dos novos tempos que todo janeiro inaugura.
Participarão da celebração os pastoris Lindas Ciganas, Luz do Amanhecer, Angel, Tia Marisa, Estrela Brilhante, Vovó Alzira, Viver a Vida 3ª Idade, Estrela do Mar, Estrela Dourada, Campinas Alegres, Estrelas do Recife e Menino Jesus Vovó Bibia, além das orquestras Mendes e sua Orquestra, 19 de Fevereiro e Orquestra Brasileira do Recife e do grupo Inclusão Cia de Dança.
Abrindo alas para o Carnaval, dois patrimônios vivos do Recife, o Bloco Pierrot de São José e Zenaide Bezerra, com suas passistas, também irão participar da festa, no Pátio de São Pedro, convidando o Recife a se preparar para a próxima e mais aguardada celebração do calendário cultural da cidade.