O Ministério Público Federal no estado da Paraíba pediu a prisão do apresentador Sikêra Junior por racismo.
O caso remete ao ano de 2018, quando o apresenta, hoje numa emissora afiliada da RedeTV em Manaus, trabalhava numa emissora de TV de João Pessoa, capital paraibana.
Sikêra estava noticiando a prisão de uma mulher no programa “Cidade em Ação”, na TV Arapuan, onde trabalhava.
O apresentador fez comentários como "preguiçosa", "vagabunda" e "venta de jumenta" em relação à mulher e ainda complementou dizendo que "mulher que não pinha a unha é sebosa", pelo fato da mulher que estava sendo presa não estar com as unhas pintadas.
A DENÚNCIA
O MPF classificou as palavras do apresentador como “ofensas injuriosas raciais” e entendeu que Sikêra extrapolou os limites da liberdade de expressão e violou o direito da mulher ao princípio constitucional da preservação de inocência.
Além disso, o MPF também entende que Sikêra Júnior praticou crime de racismo, tipificado no Artigo 20 da Lei nº 7.716. A pena para este crime pode ser de um a três anos de prisão e multa.
O MESMO CASO JÁ TEVE DESDOBRRAMENTOS ANTERIORES
Na época do ocorrido, a rapper paraibana Kalyne Lima fez críticas ao apresentador nas redes sociais e isso acabou gerando ofensas de Sikêra em relação à ela em programas subsequentes.
A TV Arapuan foi notificada pelo MPF e assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), onde se comprometeu a veicular em sua grade de programação materiais publicitários (de 30 segundos) divulgando ideais de cidadania e em defesa da tolerância e do respeito às diversidades