A Bolsa de Valores brasileira começou a segunda-feira (16) em queda brusca em 12,53%, a 72.321,99 pontos, e precisou acionar o Circuit Breaker mais uma vez, interrompendo as negociações durante 30 minutos. O mecanismo foi utilizado pela quinta vez em duas semanas, com primeira queda registrada na segunda-feira (9).
Mais uma vez, o principal motivo da queda são os impactos do novo coronavírus na economia mundial. As ações caíram mesmo após o Federal Reserve (Fed, banco central americano) reduzir sua taxa de juros de zero a 0,25%, para conter tensão de investidores, que ficam preocupados com a possibilidade de as medidas de emergência não serem suficientes para evitar uma recessão causada pela pandemia.
As ações com maiores perdas nesta segunda foram das empresas Azul, Gol, JBS, Smiles e Via Varejo. Dessas, duas são companhias aéreas, a Azul e Gol, e outra, a Smiles, administra o programa de milhagem dos clientes da Gol.
O circuit breaker ocorre quando o índice atinge movimentos bruscos e é acionado com a intenção de rebalancear as ordens de compra e de venda.
O circuit breaker é um dispositivo que entra em funcionamento e suspende as negociações durante trinta minutos, inicialmente, quando as operações da Bovespa caem 10% em relação ao dia anterior.
As negociações são suspensas com a intenção de evitar grandes perdas. Compras e vendas ficam paradas durante 30 minutos para que o mercado se acalme.
Sim. Se, depois da reabertura, a queda chegar a 15% — também em relação ao dia anterior —, as negociações são suspensas por uma hora. Se ainda houver uma nova queda que chegue a 20%, a Bovespa pode suspender seus negócios em todos os mercados e decidir o prazo em que isso acontecer.
O circuit breaker foi acionado cinco vezes desde o dia 9 até esta segunda-feira (16). Na quinta-feira (12), a Bolsa chegou a ser interrompida duas vezes, por meia-hora e por uma hora.
Antes disso, a última vez que o mecanismo foi utilizado foi em 2017, quando foi divulgada a notícia de que o então presidente Michel Temer (PMDB) teria sido gravado pelo dono da JBS autorizando a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.
Outra ocasião foi em 2008, diante da crise do setor imobiliário americano.
Confira histórico:
Durante trinta minutos:
Durante uma hora: