A educação a distância é uma alternativa cada vez mais recorrente no Brasil, e com o avanço do novo coronavírus (covid-19), instituições de ensino, que até então tinham foco nas aulas presenciais, passaram a focar e investir no serviço online. Nesse cenário, as escolas de idiomas, que já vinham ocupando a internet gradualmente, aceleraram sua digitalização e têm ajudado crianças, adolescentes e adultos a aproveitarem o tempo de isolamento social para aprender uma nova língua.
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Presente no Recife e em várias cidades do país, a Pearson, dona das escolas Wizard, Skill e Yazigi, antes da covid-19, já havia desenvolvido atividades a distância, mas nunca cursos de idiomas completos. É o que explica o vice-presidente de produtos da empresa, Juliano Costa. “Foi novidade uma novidade para todos da rede, por isso, tivemos que auxiliar as escolas a criarem modelos de aulas remotas”, diz Costa, afirmando que a Pearson precisou aperfeiçoar ferramentas que já tinha para não interromper os serviços. “A experiência tem sido exitosa e, talvez, no pós-pandemia pode integrar nosso portfólio de ofertas”, indica.
Instituição centenária, a Aliança Francesa também precisou ir para o mundo virtual a fim de levar o ensino do idioma e da cultura do país para os brasileiros matriculados em seus cursos. “As Alianças Francesas no Brasil adotaram aulas ao vivo pela internet, onde os alunos podem interagir com sua turma e professor normalmente”, explica Izabel Carvalho, coordenadora de comunicação e marketing da Aliança. A exemplo da escola francesa, o Instituto Cervantes dedica-se ao ensino da língua espanhola há muitos anos. Ligada ao governo hispânico, a instituição adotou a educação a distância durante a pandemia do novo coronavírus. Além disso, oferece descontos para quem renovar a matrícula e para novos alunos. Também disponibilizou mais de 14 mil títulos em sua biblioteca virtual para que seus alunos acessem materiais no idioma ao qual se dedicam para aprender.
Assim como as outras escolas, o Senac Pernambuco também investiu na plataformas online para auxiliar seus estudantes a continuarem tendo contato com o que aprendem na instituição. “O ensino de idiomas tem uma particularidade, quanto menos contato o aluno tenha com a língua, mais dificuldade de aprendizado ele terá”, pontua a gerente de Idiomas do Senac, Marcela ngelo. À reportagem do Jornal do Commercio, ela contou que desde o anúncio da quarentena no Estado, foi iniciado um processo de aprimoramento e expansão das ferramentas digitais que o Senac já usava há cerca de dois anos em parceria com a Google.
Apesar das aulas online, Marcela acredita que estudantes de escolas de idioma devem aproveitar o tempo livre durante a pandemia para se dedicar a praticar a língua aprendida. “Mesmo com professores online, o aluno não pode relaxar. É preciso continuar aperfeiçoando o que vem aprendendo, para isso sempre é bom ouvir músicas, assistir séries no idioma estudado”, aconselha ela, lembrando ainda da praticidade de aplicativos para auxiliar no aprendizado.
Idealizados para a internet, os aplicativos especializados no ensino de línguas oferecem cursos completos em diversos níveis para que qualquer pessoa possa aprender desde idiomas populares como inglês, espanhol e francês até os mais exóticos como russo, japonês ou mandarim. Entre esses apps está a Babbel, que começou a disponibilizar oficialmente para usuários interessados a possibilidade de fazer cursos de idioma na plataforma com gratuidade no primeiro mês. Oferecendo vários cursos, o serviço pode ser a oportunidade ideal para aqueles que desejam aprender um novo idioma, mas estão com o orçamento curto.
Outro famoso app, o Duolingo, viu seu tráfego subir durante o surto de covid-19, de acordo com a gerente sênior de relações públicas da empresa, Michaela Kron. “Muitas pessoas adotando o aprendizado de idiomas durante esse período de isolamento", contou ela, afirmando que o crescimento do número de novos inscritos está na casa dos milhões. O Duolingo oferece uma versão gratuita de seus cursos de aprendizado de idiomas, mas também uma paga, o Plus, que custa R$ 30,00, permite o uso offline e não tem anúncios.
Outro caminho gratuito para imergir em um novo idioma é a LiveMocha, uma rede social para ensino de línguas. Criado em 2007, o site conecta pessoas dispostas a ensinar sua língua nativa e aprender idiomas de outros países. O LiveMocha possui tanto módulos gratuitos quanto pagos. De graça, são exercícios de vocabulário básico. Para ir além, é preciso pagar, mas o preço é bem mais em conta do que de um curso tradicional: o pacote de um ano sai por, aproximadamente, R$ 300. Já o custo mensal é de R$ 50.
Duolingo
Android: https://bit.ly/2VSNg2h
iOS: https://apple.co/2y67bSA
Babbel
Android: https://bit.ly/3d506Ap
iOS: https://apple.co/3f3Zc9f
Busuu
Android: https://bit.ly/3d0Vr2r
iOS: https://apple.co/2xsbsiO
WLingua
Android: https://bit.ly/3aVHLUO
iOS: https://apple.co/2KQasYQ
BBC Learning English
Android: https://bit.ly/2z3FNV5
iOS: https://apple.co/2YsW2pH
Italki
Android: https://bit.ly/2yYqop8
iOS: https://apple.co/35jY90l
Livemocha
Android: https://bit.ly/2SnwztS
Não tem para iOS
Forvo
Android: https://bit.ly/35l4xUT
iOS: https://apple.co/2WdnGnQ