Cinquenta cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), Agreste e Zona da Mata avançam, na próxima segunda-feira (6), para a etapa cinco do plano de reabertura econômica do Estado. Nesta fase, serão liberadas as atividades comerciais de vendas de automóveis com 100% do efetivo e os serviços de escritório com 50%. Os jogos de futebol sem público e a retomada do pólo de confecção, que também integravam a quinta etapa, permanecem suspensos. O anúncio foi feito pelo governo de Pernambuco na tarde desta terça-feira (30).
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"Com os dados analisados pelo comitê de enfrentamento ao coronavírus, estamos programando para o dia 6 de julho um avanço das Gerências Regionais de Saúde das cidades-sede Recife, Limoeiro e Goiana. Nós fizemos um ajuste e agora a etapa cinco contempla a liberação de atividades de escritórios, com 50% da capacidade, e comércio, locadoras e serviços de vistoria de veículos, que estavam autorizados a funcionar com 50% e poderão estender para 100% do efetivo. Todos os setores possuem protocolos que devem ser respeitados para que a atividade funcione, protegendo os trabalhadores e clientes", explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach.
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Estão autorizadas a avançar no Plano de Convivência as seguintes cidades: Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Chã Grande, Chã de Alegria, Glória de Goitá, Fernando de Noronha, Igarassu, Ipojuca, Itamaracá, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Pombos, Recife, São Lourenço da Mata, Vitória de Santo Antão, Bom Jardim, Buenos Aires, Carpina, Casinhas, Cumaru, Feira Nova, João Alfredo, Lagoa de Itaenga, Lagoa do Carro, Limoeiro, Machados, Nazaré da Mata, Orobó, Passira, Paudalho, Salgadinho, Surubim, Tracunhaém, Vertente do Lério, Vicência, Goiana, Aliança, Camutanga, Condado, Ferreiros, Itambé, Itaquitinga, Macaparana, São Vicente Férrer e Timbaúba.
As outras cidades do Estado, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, permanecem nas etapas de reabertura em que se encontram. A situação será reavaliada no final de semana. "As Gerências Regionais de Saúde das cidades-sede de Palmares, na Mata Sul, e Caruaru e Garanhuns, no Agreste, vão permanecer na etapa dois, com exceção de Caruaru e Bezerros, que tiveram que regredir e estão em um isolamento mais rígido. O restante do Estado, que tem as Gerências Regionais de Saúde das cidades-sede de Arcoverde, Salgueiro, Petrolina, Ouricuri, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada, Sertão, vão permanecer na etapa quatro do nosso Plano de Convivência. Os dados do comportamento da pandemia serão avaliados no final de semana para o comitê decidir se poderão avançar ou terão que aguardar um pouco a melhora dos indicadores", disse Bruno Schwambach.
Bares e restaurantes
Na expectativa de retomar as atividades em algumas cidades na próxima semana, donos de bares e restaurantes reagiram ao adiamento da volta do setor. Em nota, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Pernambuco (Abrasel-PE) diz que a medida do governo de Pernambuco "atinge em cheio um setor que vem sendo duramente penalizado" e pede revisão da data de reabertura.
Pelo cronograma inicial do Plano de Convivência com a covid-19, previsão era de que o setor retornasse na etapa 7. No dia 18 de junho, o governo anunciou que a reabertura passaria a integrar a fase 6 do plano, com previsão sem martelo batido para o dia 6. Mas, com uma demora maior para a liberação da fase 5, a etapa 6 foi empurrada. Desde o início, o governo não determina datas de forma antecipada para cada fase.
O secretário Bruno Schwambach afirmou que o governo está dialogando com o setor. "Estamos bem avançados nos protocolos de reabertura desses setores. No anúncio passado, dissemos que a reabertura foi antecipada da etapa sete para a etapa seis, a próxima fase prevista para as Gerências Regionais de Saúde das cidades-sede Recife, Limoeiro e Goiana", disse.
Impactos na economia
O Plano de Convivência do governo de Pernambuco completa um mês nesta quarta-feira (1º). Na avaliação do secretário de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, ainda é cedo para avaliar os impactos econômicos das medidas de reabertura. Shoppings e lojas do varejo de rua, por exemplo, voltaram a funcionar há pouco mais de uma semana, no dia 22 de junho.
"É tudo muito recente. Estamos há seis semanas seguidas de redução de casos, óbitos e demanda do sistema de saúde, o que mostra que temos conseguido acertar no que planejamos. Nosso plano tem sido extremamente bem sucedido. Agora, é algo para se acompanhar diariamente e no final da semana ver como a situação se desenvolve. É muito cedo para avaliar impacto, mas é importante que a economia volta a atuar, começa a reagir e ter novamente o impulso do emprego, sempre com responsabilidade e cautela", afirmou.