"Falo em privatização pensando no benefício do banco", afirma presidente do Banco do Brasil

Rubem Novaes acredita que o BB tem dificuldade de competir com outros bancos por conta das "as amarras do setor público"
JC
Publicado em 08/06/2020 às 13:25
Presidente do Banco do Brasil participou de videoconferência com senadores Foto: Arquivo/Agência Brasil


O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou nesta segunda-feira (8) que a instituição deve ter dificuldades de se adaptar aos desafios tecnológicos e de gestão diante das mudanças que o Banco Central (BC) analisa para o setor, o que inclui novos modelos de empresas financeiras, como as fintechs. "O mundo bancário vai mudar radicalmente. As empresas bancárias serão cada vez mais empresas de tecnologia", avaliou.

Dessa forma, Rubem entende que, com "as amarras do setor público", o Banco do Brasil não terá a capacidade de adaptação necessária. "Apesar de extremamente eficiente, ele compete com outros bancos com bolas de chumbo amarradas a seus pés", declarou, citando os mecanismos de controle ao qual o banco é submetido.

>> Centro do Recife tem mais movimento em reabertura, mas longe do que era antes da pandemia

>> Mais um grupo pode sacar e transferir segunda parcela do auxílio emergencial; veja se você tem direito

Covid-19

Rubem participou de videoconferência da comissão mista do Senado Federal que acompanha as ações do governo federal no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Durante a transmissão, o presidente do BB informou aos parlamentares que, de março até maio, foram liberados quase R$ 137 bilhões, sendo R$ 80 bilhões destinados a empresas, R$ 33,8 bilhões para pessoas físicas e R$ 23 bilhões para auxiliar o agronegócio. 

"Em termos de ações emergenciais deflagradas pelo governo, tentando atenuar a crise econômica que se instalou, o Banco do Brasil tem tido participação em todos os programas, embora não nos caiba a formulação do programa, mas como agentes do governo temos participado ativamente deles", disse Rubem sobre o pagamento do auxílio emergencial a 2,73 milhões de pessoas que escolheram receber o benefício pelo banco, o financiamento da folha de pagamentos e a complementação dos salários — o chamado Benefício Emprego e Renda (BEm).

Ainda segundo Rubem, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), aprovado pelo Congresso, deve começar a ser executado esta semana pelo sistema bancário e o governo deve garantir 85% do risco do crédito. "A demanda por crédito aumentou muito durante a pandemia, e os bancos estão tendo dificuldade para atender todos os pedidos", disse o presidente do Banco do Brasil.

Com informações da Agência Senado

TAGS
Economia Banco do Brasil Coronavírus Senado Federal
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory