Expectativa positiva de retomada da economia, segundo secretaria de Desenvolvimento Econômico

Sescretária Executiva de Desenvolvimento Eeconômico, Maíra Fischer, fala da boa expectativa de retomada da economia de Pernambuco, baseada nos últimos números de julho
Angela Fernanda Belfort
Publicado em 22/09/2020 às 21:30
POLO MÉDICO Reabertura de serviços e comércio em junho ajudou na recuperação, aponta Maíra Fischer Foto: ARNALDO CARVALHO/JC IMAGEM


Pernambuco registrou uma alta de 1,78% no Índice do Banco Central que mede a atividade econômica, o IBC-Br, segundo um cálculo feito pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sdec). No site do Banco Central, não são mostrados os percentuais exatos. A comparação é de julho deste ano com o mesmo mês do ano passado e foi considerado como um sinal "de que o Estado está acelerando o seu crescimento", segundo a secretária Executiva desta área, Maíra Fischer. O IBC-Br é utilizado como uma prévia do cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) que mede todas as riquezas produzidas. No entanto, nem sempre eles coincidem, porque o IBC-Br é um cálculo mais simples.

>> Indústria tem alta na produção 

Pernambuco apresentou o melhor desempenho do Nordeste no IBC-Br, perdendo apenas para o Estado de Minas Gerais que apresentou um crescimento de 2,79% na mesma base de comparação, segundo os números apresentados pela Sdec. O IBC-Br calcula o crescimento da economia de 13 Estados que representam 85,7% do PIB do País, baseado no comporamento da indústria, serviços, comércio e agropecuária. No Nordeste, só entram neste cálculo a Bahia e o Ceará que registraram, respectivamente, -6,89% e -0,95% em julho último, comparando com o mesmo mês de 2019. A média no País ficou em -4,89%. 

"Esse percentual de Pernambuco reflete vários bons resultados já anunciados, como o bom desempenho da indústria no Estado, a reabertura do comércio em junho e o setor de serviços que começou a se recuperar a partir de junho", contou Maíra Fischer. Ela também argumentou que o governo do Estado fez um trabalho articulado com o setor empresarial para que não faltasse insumos para a indústria e também para que as empresas conseguissem escoar a produção. Ela lembrou também que, durante a pandemia, a indústria que parou totalmente no Estado foi a da construção civil.

Ainda de acordo com a secretária, o Estado fez um plano de convivência com a covid-19 "dando uma segurança para o empresariado voltar as suas atividades" e "não houve retrocessos no planejamento da abertura da economia com relação à pandemia do novo coronavírus". Em Pernambuco, o plano de abertura da economia foi muito criticado por vários setores da economia, como eventos e o das escolas particulares, entre outros.

Ainda de acordo com os números calculados pela Sdec, a alta da preformance de Pernambuco foi de 2,97% em julho último, contra o mês anterior. Em junho, uma parte do comércio e serviços - que não eram essenciais - estavam fechados. E os serviços correspondem a cerca de 70% do PIB do Estado. Na pesquisa que mostra o comportamento da indústria feita pelo IBGE, o Estado apresentou o melhor resultado do Brasil em julho, com uma alta de 17% contra o mesmo mês do ano passado. Ainda em Pernambuco, o varejo apresentou um crescimento de 18,9% em julho, quando comparado com junho deste ano, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), também do IBGE. Numa parte de junho, só funcionou no Estado o comércio considerado essencial, como supermercados e farmácias.


PREVISÃO

"Ainda não temos uma previsão de quanto será o crescimento do PIB este ano. O IBC-Br só olha o lado da oferta e não da demanda. Aguardamos uma recuperação no terceiro trimestre. Em geral, a economia de Pernambuco sempre apresenta uma performance mais forte no segundo semestre", contou Maíra. "Os indicadores estão apontando numa mesma direção, como a indústria, o comércio e isso está gerando uma boa expectativa para a retomada", comentou. Atualmente, 97% dos setores econômicos do Estado já retomaram suas atividades, de acordo com a Sdec.

Considerada uma obra de grande impacto na economia pernambucana, a segunda e última etapa da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) ainda não tem data prevista para sair do papel. Maíra disse que o governo do Estado está conversando com a direção da empresa para ver quando ocorre a retomada das obras e destacou que essa crise (da Refinaria e do Estaleiro) foi nacional, atingindo também outros Estados que receberam empreendimentos do setor, como por exemplo, o Rio de Janeiro.

 

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