O Porto Digital, um dos maiores polos de tecnologia do Brasil, tem hoje 3.200 vagas de emprego abertas e não preenchidas para atuação em áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação. A informação foi divulgada pelo professor e cientista, Sílvio Meira, em entrevista ao programa Super Manhã, da Rádio Jornal.
"A gente tinha 1.500 vagas em aberto no Porto Digital, passou pra duas mil vagas, e agora estamos com três mil vagas em aberto. Neste período, o Porto Digital saiu de oito mil para 12 mil pessoas. Quanto mais gente tem trabalhando em qualquer polo tecnológico, mais tem vagas de emprego", disse.
Só no ano de 2019, o Porto Digital fechou com um faturamento de R$ 2,3 bilhões, um valor quase 24% maior do que foi apurado em 2018, que foi de R$ 1,8 bilhão. Hoje, 12 mil pessoas trabalham no parque tecnológico, onde 340 empresas estão embarcadas, no entanto, a meta é chegar aos 20 mil colaboradores, distribuídos em 600 empresas, e com faturamento anual de R$ 3,5 bilhões.
Das 3.200 vagas disponíveis, algumas podem ser encontradas em importantes empresas do ecossistema de tecnologia, como o Cesar, a Avanade, a Tempest e a Neurotech. "A medida que o Porto Digital, e as 340 empresas que a gente tem no Porto Digital são identificados com um dos maiores e melhores provedores de soluções de tecnologia de informação e comunicação do Brasil, vem mais projetos. Esses projetos que estão flutuando ao redor do mundo estão procurando gente para executar, porque quando você cria capacidade pra executar projetos, aparecem mais projetos para serem executados e você precisa de mais gente", explicou o cientista.
De acordo com Sílvio Meira, a situação do mercado tecnológico nacional e internacional é de escassez de mão de obra. "Nos Estados Unidos existem um 1.140.000 vagas estimadas de tecnologia da informação e de comunicação abertas e não preenchidas. Enquanto no Brasil chegamos a 290 mil vagas, destas, 3.200 estão aqui ao lado, no Porto Digital", completou.
Embora muitas vagas acabem não sendo preenchidas por conta da dificuldade em encontrar mão de obra especializada, muitos profissionais da área de T.I. acabam não ingressando no mercado de trabalho por não saber, de fato, o tipo de empresa ou segmento que desejam seguir.
Segundo o consultor de Carreiras e colunista do JC, Felippe Pessoa, é necessário que todo o profissional no processo de inserção no mercado de trabalho faça uma auto avaliação para compreender seu tipo de perfil e onde gostaria de atuar. O segmento de tecnologia, assim como todos os outros, é imenso, com diversas opções de atuação profissional.
Além disso, é necessário estar sempre buscando novas oportunidades. A internet é um ótimo lugar para fazer conexões.
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"Há algum tempo as grandes empresas anunciam suas vagas em seus sites próprios ou em sites especializados em divulgação de empregos. O caminho mais simples pode ser mapear as empresas do segmento de seu interesse é entrar no site de cada uma para cadastrar seu CV. Mesmo que não haja uma oportunidade naquele momento, seu nome entrará no banco de dados e, assim que surgir uma oportunidade, você poderá ser convidado a participar do processo seletivo. Praticamente todas as empresas têm uma sessão de “Trabalhe conosco” em seu site", explicou o consultor.
O Porto Digital, por exemplo, disponibiliza um banco de talentos onde é possível realizar cadastro. Consulto através do link.
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