Prévia da inflação de novembro cai no Grande Recife, mas ainda é alta no acumulado do ano

IPCA-15 da Região Metropolitana do Recife foi menor que o do Brasil, mas é o segundo maior na análise de janeiro a novembro
JC
Publicado em 24/11/2020 às 18:47
Alimentos e bebidas continuam contribuindo para a alta da inflação na RMR Foto: TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 - conhecido como a prévia da inflação - aponta para um arrefecimento da taxa oficial em novembro na Região Metropolitana do Recife (RMR). Depois de cravar o maior índice do ano em outubro, com alta de 1,12%, em novembro a prévia caiu para 0,31%. A taxa ficou abaixo da média nacional para o mesmo mês, que está em 0,81%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (24) pelo IBGE. 

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O IPCA-15 pesquisa 11 localidades e mede as variações de preço em nove grupos de produtos e serviços com preços coletados entre 14 de outubro e 12 de novembro. Houve elevação em seis dos nove segmentos pesquisados no período. O maior reajuste ocorreu, mais uma vez, em alimentação e bebidas, com oscilação positiva de 1,38%. O aumento no setor, no entanto, foi menor do que o registrado no mês de outubro, quando o indicador chegou a 2,36%. A mesma atividade também ostenta o maior índice no acumulado do ano: 12,03%.

Após meses de índices negativos, o setor de vestuário está em segundo lugar entre os grupos com maiores aumentos no IPCA-15, com 0,77%, seguido pelos artigos de residência, que incluem móveis, utensílios domésticos, aparelhos eletrônicos e serviços de conserto/manutenção, com 0,29%. Na sequência, estão saúde e cuidados pessoais (0,27%), habitação (0,10%) e educação (0,04%).

Entre os setores em queda, estão comunicação (-0,05%), despesas pessoais (-0,30%) e transporte (-0,46%), com resultado influenciado pela queda de 1,37% no preço da gasolina. A redução no valor do combustível também foi a maior responsável por diminuir o índice geral de inflação da RMR. Apesar de ter apresentado o segundo maior reajuste no mês de outubro, o grupo de vestuário foi o único que não conseguiu recuperar as perdas no acumulado do ano, cuja variação foi de -0,26%.

 

Na prévia da inflação de novembro, a batata inglesa passou do quinto para o primeiro lugar no ranking de variação de preço, com 22,08%. O óleo de soja está na segunda posição, com 15,17% e o tomate está em terceiro, com alta de 14,83%. O abacaxi (11,74%) e a uva (10,95%) completam a lista dos itens com maior avanço entre outubro e novembro. O arroz subiu 8,26% e ocupa o décimo lugar entre as mercadorias que mais aumentaram de preço.

Por outro lado, o tipo de produto que mais baixou de preço foram os artigos de maquiagem, com retração de 9,31%, junto com a cenoura (-6,8%) e as passagens aéreas (-6,61%) - que tinham sido o item com aumento mais significativo no IPCA-15 de outubro. Outros itens cujos preços foram reduzidos e tiveram impacto na inflação foram a cebola (- 6,39%) e a energia elétrica residencial (-0,6%).

O ANO DE 2020

Apesar de aparecer com o menor índice entre as 11 localidades pesquisadas na prévia da inflação de novembro, a RMR está entre as maiores taxas do País quando se observa o acumulado do ano (3,7%) - em segundo lugar - e nos últimos 12 meses (4,65%) - em quarto lugar.  

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