O Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) apontou irregularidade nas promoções ofertadas por três grandes lojas de varejo durante a Black Friday, realizada na última sexta-feira (27). Segundo o órgão, os sites das Lojas Americanas, Casas Bahia e Império elevaram o preço de produtos no dia da data promocional. O Procon fez as análises no decorrer do mês de novembro nos dias 19, 20, 24, 26, e no dia da Black Friday.
Com a pandemia do novo coronavírus (covid-19), aumentou o número de pessoas que optaram por usar os meios digitais como modelo de compra. Para o levantamento, o departamento pesquisou 64 produtos entre eletrodomésticos e eletrônicos.
Segundo o Procon, o site que apresentou o maior número de irregularidades foi o das Americanas, com 16 produtos onde foram constatado que antes da Black Friday os preços eram menores. Um exemplo usado, divulgado pelo órgão, foi o de um notebook, que no dia 19 custava R$ 1.888,65 e no dia Black Friday estava por R$ 2.999. O órgão de defesa do consumidor também constatou que algumas lojas, dias antes da data, aumentam os valores, e no dia retornam para o preço original, oferecendo como promoção.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, explicou que “diante do que foi constatado, nós iremos tomar as medidas cabíveis contra essas empresas”, completou. No dia da promoção e nesta segunda-feira (30), o órgão não foi procurado por consumidores para relatar problemas, durante as compras.
Em nota, as Lojas Americanas, por meio da B2W Digital - dona da marca -, informou que a empresa "reforça seu compromisso com a legislação e o regulamento da Black Friday", e destacou que "só fizeram parte do evento os produtos que possuíram selo Black Friday".
A reportagem do JC tentou, através dos meios de comunicação disponíveis nos sites oficiais das lojas, buscar esclarecimento das outras duas empresas citadas pelo Procon. Até o momento da publicação desta matéria, nem as Lojas Império, nem as Casas Bahia, haviam enviado posicionamento.