A Febraban espera já estar com as principais funcionalidades do Pix em execução no País até o segundo trimestre de 2021. Desde novembro de 2020, já é possível transferir dinheiro de forma instantânea, bem como gerar QR Codes nos aplicativos de bancos e carteiras digitais para pagamento via Pix. O que está na mira agora são as chamadas transações P2B (entre pessoas e empresas), que trazem consigo facilidades como o Pix Garantido - permitindo compras parceladas - e o Saque Pix em estabelecimentos comerciais.
De acordo com a agenda de tecnologia dos bancos, divulgada nesta segunda-feira (28) pela Febraban, já no mês de março de 2021 começará a funcionar o Pix Cobrança, que permitirá que lojistas, varejistas e prestadores de serviços criem QR Codes impressos para receberem pagamentos.
Com a nova funcionalidade, será permitido fazer cobranças com vencimentos em datas futuras, e será possível incluir o cálculo de juros, multas e descontos em pagamentos.
Para o segundo trimestre de 2021, está prevista a implementação do Saque Pix, que possibilitará que o usuário faça uma transferência pelo sistema de pagamento instantâneo para um comércio e saque a quantia em dinheiro em espécie em estabelecimentos cadastrados.
Também para o próximo ano está previsto o Pix Garantido, que permitirá que o usuário faça transações como se fossem compras parceladas. Conforme a Febraban, o Banco Central anunciará a agenda das novas funcionalidades no próximo Fórum Pix, previsto para 28 de janeiro de 2021.
"A estreia do Pix foi um sucesso. O sistema respondeu com absoluta estabilidade, dentro do que foi planejado. A surpresa foram os volumes de transações, que estão na casa entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões, na média diária. Isso demonstra que efetivamente havia uma demanda por parte do público em geral e o produto tem sido bem aceito", avalia o diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, Leandro Vilain.
Em 2021 entram em funcionamento as quatro fases de implementação do Open Banking, sistema que cria novos modelos de negócios com o uso de APIs (interfaces de programação de aplicações) E permitirá aos clientes compartilhar o acesso aos seus dados financeiros com terceiros.
Na primeira fase, os participantes obrigatórios do sistema deverão desenvolver e entregar o grupo de APIs até 1º de fevereiro contendo dados de canais de atendimento, produtos e serviços, como os relativos a contas de depósito à vista e operações de crédito.
Já na segunda fase, com prazo até 15 de julho, será a vez de cadastros e transações de clientes relativos aos produtos e serviços da fase um.
A terceira fase, que tem prazo de 30 de agosto, diz respeito aos serviços de iniciação de transação de pagamento, e na quarta fase (15 de dezembro) serão outros produtos, serviços e transações de clientes, como operações de câmbio, investimentos, seguros e contas-salário.
O setor bancário brasileiro investe anualmente cerca de R$ 24,6 bilhões em tecnologia para fazer frente às inovações, segundo a Febraban.