O Produto Interno Bruto de Pernambuco registrou uma queda de 1,4% em 2020. O desempenho foi melhor do que o Brasil que registou um decréscimo de 4,1% da sua economia. A queda ocorreu devido ao impacto da pandemia do coronavírus, que provocou o fechamento do comércio, bares, entre outros. Segundo a Condepe-Fidem, essa foi a quarta queda do PIB pernambucano desde 2003.
Pernambuco deve ter uma queda de 1,5% a 2% do PIB em 2020, diz Condepe-Fidem em outubro
O setor que mais sofreu com o impacto da pandemia foi o de serviços, que tem um peso de 75% na economia de Pernambuco. "O setor de serviços é que o mais sofre com o contato imediato. As atividades intensivas em serviços prestados às famílias foram as que o peso da crise caiu desproporcionalmente sobre elas", diz o diretor do Condepe-Fidem, Rodolfo Guimarães.
Ainda em 2020, a agropecuária apresentou um crescimento de 19,8%, sendo o setor que mais cresceu no ano passado em Pernambuco. Este segmento tem um peso de 4,4% na composição do PIB estadual. As produção das lavouras temporárias apresentou um crescimento médio de 38,7%. Nesta definição, estão incluídas a cana-de-açúcar, a mandioca, o milho, cebola, feijão, abacaxi e melancia. Também aumentou em 7,09% a produção de laranja, manga, banana e maracujá.
PERFORMANCE
A indústria, como um todo, registrou um aumento de 1% em 2020. "Isso ocorreu porque alguns setores consolidados da economia, como o de alimentos, tiveram um bom desempenho", comentou Rodolfo.
Também houve crescimento em setores novos, como o refino de petróleo que apresentou uma alta de 32%. "Isso foi importante devido ao tamanho econômico que essa atividade passou a ter no Estado", comentou Rodolfo. Esse aumento foi devido ao incremento da produção da Refinaria Abreu e Lima, instalado no Porto de Suape.
No total, o PIB de Pernambuco alcançou R$ 204 bilhões em 2020, contra os R$ 202 bilhões gerados em 2019. Em números absolutos, o de 2020 é maior, mas, segundo os economistas do Condepe-Fidem, os percentuais divulgados refletem a dinâmica da economia e não os preços, como explicou a economista da Condepe-Fidem Claudia Pereira.