Representantes dos setores produtivos do estado comemoram a decisão do Governo de Pernambuco em subsidiar novas contratações e estimular a geração de empregos, sobretudo no segundo semestre deste ano, quando as atividades econômicas ganham novo impulso com o avanço da vacinação contra a covid-19 e a flexibilização das operações do comércio é ampliada.
O programa Emprega PE, apresentado nesta terça-feira (3) pelo governador Paulo Câmara, prevê um subsídio no valor de meio salário mínimo (R$550) para cobrir parte do salário de novos contratados. A ajuda do governo vale para o período de seis meses e fica limitada a 50 funcionários por empresa. A ideia é estimular os empresários a fazerem novas contratações, aumentando a geração de emprego e renda no estado até o fim deste ano.
COMÉRCIO
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE), Bernardo Peixoto, foi até uma surpresa a decisão do governo de auxiliar os empresários a contratar mão de obra. "Na hora em que as empresas estão começando a sair do sufoco um programa como esse é muito importante. Tenho certeza que vai ajudar muito, sobretudo ao micro e pequenos empresários e também ao jovem que está buscando conquistar o primeiro emprego". Bernardo acredita que os efeitos dessa medida serão duradouros. "O comércio deve se beneficiar com as novas contratações e também com a renda gerada. Será mais dinheiro circulando no próprio comércio e no setor de serviços", acredita o presidente da Fecomércio-PE. Peixoto lembra que o programa do governo estadual é mais amplo, e prevê investimentos de R$ 5 bilhões, incluindo obras de infraestrutura. "Tomara que saia do papel. É muita coisa para pouco tempo, mas acredito que o governo esteja preparado para dar esse salto de desenvolvimento", afirmou Bernardo Peixoto.
SETORES
Para o empresário Avelar Loureiro Filho, presidente do Movimento Pró Pernambuco, que congrega 32 entidades de vários setores como comércio, indústria, serviços e turismo, o programa lançado pelo Governo do Estado é louvável. "Agora é esperar que a Assembleia Legislativa aprove rapidamente o programa. O sucesso, ou fracasso, dessa iniciativa está na sua regulamentação. É importante que o acesso do empresário ao programa seja facilitado, que não haja burocracia em excesso e que os recursos não fiquem empoçados no final e não cheguem na ponta. Não adianta as melhores intenções se a gente não conseguir concretizar". Para Avelar Loureiro, os R$ 66 milhões previstos para o subsídio tem efeito multiplicador e ajuda a quebrar o receio de alguns empresário têm, no momento, em contratar para não aumentar suas despesas. "Setores de serviços, gastronomia, lazer e eventos devem ser mais impactados pela medida. Mais do que a indústria", avalia Loureiro.