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Caixa tem lucro recorde de R$ 6,26 bi no 2º trimestre

No primeiro semestre, o lucro líquido da Caixa atingiu R$ 10,8 bilhões

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Estadão Conteúdo

Publicado em 19/08/2021 às 20:53
Brasília: Prédio da Caixa Econômica Federal. - Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Caixa Econômica Federal (CEF) registrou lucro líquido de R$ 6,26 bilhões no segundo trimestre, um recorde histórico para o período de abril a junho. O resultado é 145% maior do que o do mesmo trimestre de 2020, segundo balanço divulgado ontem. No primeiro semestre, o lucro líquido da Caixa atingiu R$ 10,8 bilhões, aumento de 93,4% na comparação anual.
O desempenho no período, momento em que o Brasil sofreu com a segunda onda de covid-19, teve o impulso de eventos extraordinários. No período, o banco contabilizou os ganhos da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade, sua holding de seguros, e o desinvestimento de fatia do Banco Pan, comprada pelo BTG Pactual.
Com volume financeiro de R$ 5 bilhões, a abertura de capital do braço de seguros rendeu à Caixa Econômica um ganho bruto de R$ 3,3 bilhões no período. Já a venda da fatia restante no Pan gerou um lucro líquido de R$ 2 bilhões.
Também contribuíram para o bom resultado a redução de despesas contra eventuais calotes de dívidas e o aumento das receitas de serviços, em meio ao cenário de retomada da economia brasileira.
A carteira de crédito da Caixa encerrou junho com saldo de R$ 816,25 bilhões, expansão de 13,4% na comparação anual. Em 12 meses, as empresas lideraram esse crescimento, com avanço de 18,5%. A Caixa viu sua carteira de financiamentos imobiliários bater os R$ 529,5 bilhões no segundo trimestre, expansão de 9,2% em um ano.
Ao fim de junho, a Caixa somava R$ 1,464 trilhão em ativos totais, montante 2,4% superior ao visto um ano atrás.
Inadimplência
O índice de inadimplência do banco estatal, considerando atrasos acima de 90 dias, piorou e chegou a 2,46% no segundo trimestre, ante 2,04% ao fim de março. Em um ano, porém, quando estava em 2,48%, foi vista melhora de 0,02 ponto porcentual.
A piora da inadimplência no segundo trimestre se deu por conta da carteira de habitação, segmento no qual o banco público é líder isolado no País. O indicador que considera atrasos acima de 90 dias passou de 1,81%, de janeiro a março, para 2,55% no segundo trimestre. As despesas com provisões para devedores duvidosos da Caixa atingiram R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre, aumento de 1,7% em relação ao trimestre anterior. Em comparação com um ano antes, porém, houve redução de 8,1%.
 

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