"Mesmo durante a pandemia, nós jamais perdemos essa noção do duplo compromisso. Do compromisso com a saúde da população brasileira. Criamos um orçamento de guerra, gastamos 10,5% do PIB e entramos neste ano com um recuo dramático para 1,7% e no ano que vem será de 0,3% do PIB", disse.
Para ele, o teto de gastos é, na verdade, uma bandeira, um símbolo, um muro de contenção enquanto não for desvinculado os orçamentos públicos brasileiros. Guedes voltou a citar a proteção de 11 milhões de empregos no mercado formal, a manutenção do Bolsa Família e o Programa de Rolagem para Estados e municípios, num pacote de R$ 150 bilhões transferidos para os entes subnacionais.
"Nós não deixamos que gastos extraordinários com saúde se convertessem em gastos recorrentes. Continuamos bem firme com esse compromisso", disse o ministro. Guedes citou a geração de 1 milhão de empregos nos últimos quatro meses de 2020 e igual soma este ano.
"Fizemos em poucos meses o Banco Central independente, o que era uma aspiração de 40 anos, os gatilhos fiscais, fizemos a Lei de Falência, houve o marco das startups para não perdermos o essa revolução digital que está acontecendo. Ao mesmo tempo a privatização dos Correios e Eletrobrás, também simultaneamente os marcos regulatórios", disse.
Ele disse ainda que o setor financeiro mobilizou R$ 20 bilhões de outorga com a privatização da Cedae e R$ 30 bilhões de compromissos em investimentos. "Isso e sete vezes o orçamento anual do MDR e Infraestrutura, o que mostra que a recuperação econômica virá pelo setor privado", disse para reafirmar que o Brasil está decolando.
Por outro lado, ele disse que está havendo uma antecipação das eleições e que sempre lamentou durante a pandemia que muita gente estivesse subindo em cadáveres para fazer disputas políticas, o que é disfuncional numa democracia onde quem ganha a eleição tem que ter o direito de governar.
"Não estamos conseguindo interromper a agudização política", disse acrescentando que todos estão exagerando.