No dia 30 de novembro, as empresas precisam cumprir a determinação legal de pagar a primeira parcela do 13º Salário. Os recursos são responsáveis por turbinar a economia no final do ano. De acordo com os cálculos do Dieese, em 2021 o 13º vai movimentar R$ 6,5 bilhões na economia pernambucana. O valor é R$ 400 milhões maior do que no ano passado. No Brasil, a expectativa é que o 13º gere R$ 232,6 bilhões na economia.
Em Pernambuco, o valor total estimado de ingresso de recursos equivale a 2,8% do total do País e 18,2% da região Nordeste, sendo o segundo maior volume na região, inferior apenas à Bahia. O número de pessoas que deverá receber o 13° no Estado foi estimado em 2,9 milhões, equivalente a 3,5% do total que terá acesso ao benefício no Brasil. Em relação ao Nordeste, corresponde a 16,9%.
DIVISÃO DO BOLO
No Estado, os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários representam 57,4%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 42,6%. O emprego doméstico com carteira assinada responde por 1,2%. O valor médio referente ao 13° em Pernambuco foi estimado em R$ 1.982,22; excluindo-se do cálculo o valor médio do pessoal do regime próprio do estado e município).
O segmento assalariados do setor público e privado deverá apresentar a maior remuneração média, R$ 2.560,20, ao passo que aposentados e pensionistas do Regime Geral de Previdência e empregadas domésticas com carteira receberão em média R$ 1.245,00 e R$ 1.085,47, respectivamente.
Em relação aos valores que cada segmento receberá, nota-se a seguinte distribuição: os empregados formalizados ficam com 64,8% (R$ 4,2 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 23,6% (R$ 1,5 bilhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do Regime Próprio do estado caberão 5% (R$ 551 milhões) e aos do Regime Próprio dos municípios, 3,1% (R$ 204,8 milhões).
IMPORTÂNCIA NO BRASIL
Até dezembro de 2021, o pagamento do 13º salário tem o potencial de injetar na economia brasileira cerca de R$ 232,6 bilhões. Este montante representa aproximadamente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios. Cerca de 83 milhões de brasileiros serão beneficiados com rendimento adicional, em média, de R$ 2.539.
A parcela mais expressiva do 13º salário (49,3%) deve ser paga nos estados do Sudeste, região com a maior capacidade econômica do país e que concentra a maioria dos empregos formais e aposentados e pensionistas. No Sul devem ser pagos 17,2% do montante e no Nordeste, 15,4%. Já às regiões Centro-Oeste e Norte cabem, respectivamente, 8,5% e 4,8%. Importante registrar que os beneficiários do Regime Próprio da União receberão 4,7% do montante e podem estar em qualquer região do País.
O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 4.541) e o menor, no Maranhão e Piauí (R$ 1.691 e R$ 1.729, respectivamente). Essas médias, entretanto, não incluem o pessoal aposentado pelo Regime Próprio dos estados e dos municípios, pois não foi possível obter esses dados.
Para os assalariados formais dos setores público e privado, que correspondem a 49,8 milhões de trabalhadores, excluídos os empregados domésticos, a estimativa é de que R$ 154 bilhões serão pagos a título de 13º salário, até o final do ano.
A maior parcela do montante a ser distribuído caberá aos ocupados no setor de serviços (incluindo administração pública), que ficarão com 63,1% do total destinado ao mercado formal; os empregados da indústria receberão 17,3%; os comerciários terão 13,4%; aos que trabalham na construção civil será pago o correspondente a 3,1%, mesmo percentual a ser recebido pelos trabalhadores da agropecuária.