O desemprego no Brasil caiu pelo sétimo mês consecutivo e ficou em 12,1% no trimestre agosto-outubro, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira (28).
A taxa de desocupação, a mais baixa registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde o início da pandemia, caiu 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre móvel anterior, maio-julho (13,7%), e 2,5 comparado com o trimestre agosto-outubro de 2020 (14,6%).
"O aumento no número de ocupados ocorreu em seis dos dez grupamentos de atividades, a exemplo do comércio, da indústria e dos serviços de alojamento e alimentação", afirmou a coordenadora de Trabalho e Rendimento no IBGE, Adriana Beringuy.
Apesar da redução, o desemprego continua afetando 12,9 milhões de pessoas neste país de 213 milhões de habitantes e a inflação continua corroendo a renda das famílias.
O rendimento dos salários dos trabalhadores "tem sido cada vez menor, seja porque a expansão do trabalho ocorre em ocupações de menores rendimentos, seja pelo avanço da inflação nos últimos meses", explicou Beringuy.
O aumento dos preços ao consumo em 12 meses foi de 10,74% até novembro, um recorde desde o mesmo mês de 2003.
Mais de 38 milhões de brasileiros trabalham na informalidade, equivalente a mais de 40% da força de trabalho, de acordo com o IBGE.
Segundo a ONU, quase um quarto dos brasileiros está em situação de insegurança alimentar.
A economia brasileira entrou em recessão ao registrar uma queda de 0,1% do PIB no terceiro trimestre de 2021, o segundo consecutivo com resultado negativo, impactado pela redução da atividade agropecuária.
A expectativa do mercado é que o país registre uma expansão econômica de 4,51% este ano e de 0,42% em 2022, segundo a última análise do Focus do Banco Central.
Em 2020, quando a pandemia atingiu em cheio a economia, o PIB brasileiro caiu 4,1%.