Após um ano de mandato iniciado com foco na organização do Caixa da cidade, ou seja, sem investimentos vultosos, o prefeito do Recife, João Campos (PSB) anunciou ontem (6), que pretende aplicar R$ 1,6 bilhão até 2024 em investimento social e de infraestrutura para a capital pernambucana.
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A previsão foi feita durante a apresentação do Mapa da Estratégia - Recife na Rota do Futuro - e do Plano Estratégico do Recife 2021-2024. Até 2024, segundo a gestão, o objetivo é executar 97 programas que reúnem 406 iniciativas estratégicas para "colocar o Recife em um outro patamar de desenvolvimento sustentável, econômico e humano". A partir da implementação dessas ações a administração municipal pretende alcançar 104 metas.
O Plano Estratégico do Recife foi elaborado de forma colaborativa pelos 34 órgãos da prefeitura da cidade e irá ditar as prioridades em relação aos recursos que deverão estar disponibilizados ao executivo municipal.
"Nós tivemos uma palavra de ordem: reduzir despesa e cortar na carne para conseguir aumentar a nossa capacidade de investimento. A gente sabia que o cobertor era curto, mas a gente precisava fazer o dever de casa para que a tão esperada Capacidade de Pagamento (CAPAG) definida pela Secretaria do Tesouro do Recife pudesse melhorar", explicou João Campos.
No fim do ano passado, com as medidas de austeridade, a prefeitura do Recife conseguiu atingir um superávit primário de R$ 497 milhões, com redução nas despesas primárias de 10,23% e um aumento de receitas totais de 9,5%.
A PCR chegou ao fim do primeiro ano de gestão com R$ 497 milhões de resultado primário, revertendo o rombo de - R$ 76 milhões de 2020.
As medidas foram executadas com afinco pelo gestor para que o Recife conseguisse entrar em 2022 com uma nova nota da Capacidade de Pagamento, determinada pela Secretaria do Tesouro Nacional. Com a capacidade de pagamento C, atualmente, o Recife mantinha uma carteira de crédito em torno de R$ 100 milhões por ano, conquistando a capacidade de pagamento B, meta da gestão, a expectativa é uma carteira de crédito de cerca de R$ 600 milhões por ano.
Com a nota B, já alcançada pelo governo do Estado, a prefeitura consegue ter acesso a empréstimos com aval da União. Estima-se que, com a Capag B, o Recife poderia contrair até R$ 2,5 bilhões em recursos, dos quais derivariam o total de R$ 1,6 bilhão que João Campos pretende investir na cidade ao longo dos próximos três anos.
"Estamos abrindo as mais de 400 ações, dizendo o quanto é que a gente vai investir, quanto é que vai ter de custeio em cada uma delas, de maneira muito transparente. O caminho que nós temos pela frente, não pertence a João, esse é o caminho da cidade", afirmou o prefeito sobre as ferramentas anunciadas ontem.
No Mapa Estratégico, estão elencadas quatro dimensões estratégicas que englobam o conjunto de 12 objetivos apresentados em eixos temáticos.
Já no Plano Estratégico, estão dispostas as iniciativas, metas e resultados esperados pela prefeitura a partir da aplicação dos recursos nos projetos estipulados.