Com informações da Agência Brasil
A Itapemirim Transportes Aéreos (Ita) anunciou, em comunicado interno aos seus empregados, que foi vendida para a Baufaker Consulting, empresa financiada e controlada por brasileiros. A nota é assinada pelo presidente da Itapemirim, Adalberto Bogsan, que confirmou a venda ao UOL.
Segundo Bogsan, o acordo foi fechado nessa terça-feira (13). Os detalhes sobre a venda não foram informados pela Itapemirim.
As duas empresas irão se reunir na próxima semana para começar a definir a estratégia para o futuro da Ita.
Leia a nota enviada aos empregados da Itapemirim
Prezados colaboradores,
É com grande satisfação que comunico aos profissionais da nossa companhia que a Baufaker Consulting, empresa financeira controlada e administrada por brasileiros, acaba de adquirir a Ita Transportes Aéreos.
Após concretizar o negócio, o novo acionista concentra esforços na capitalização da empresa, na reorganização e manutenção do grupo de colaboradores e executivos.
Com a aquisição e manutenção dos leasing de 5 aeronaves, do tipo A320ceo, promete inaugurar um novo e inédito modelo de transportar passageiros e cargas em território nacional.
Na próxima semana começa a nova fase de retomada, com reuniões com SAC, ANAC, além de negociações dos passivos acumulados neste período de interrupções das operações, como salários, leasing, taxas de aeroporto, reembolso de passageiros e outros.
Desejo vida nova e ótimo voo...
Adalberto Bogsan
Suspensão das operações da Ita
Em dezembro, a Itapemirim suspendeu todas as operações, deixando milhares de passageiros sem voos às vésperas do Natal e alegando reestruturação interna. Nesse período, o Certificado de Operador Aéreo (COA) e a venda imediata de passagens já haviam sido suspensos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Com isso, o Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça a decretação da falência da Viação Itapemirim e do grupo ITA Transportes Aéreos, além do bloqueio dos bens do dono da empresa. A empresa está em recuperação judicial desde 2016 e deve cerca de R$ 253 milhões aos credores, além de R$ 2,2 bilhões em tributos.