TARIFA DE IMPORTAÇÃO

Governo quer cortar imposto de importação de 11 produtos; saiba o que pode mudar

Novo corte planejado na tarifa geral de importação praticada pelo Brasil é de 10%

Cadastrado por

JC

Publicado em 09/05/2022 às 23:03
Ministro da Economia, Paulo Guedes - FÁTIMA MEIRA / ESTADÃO CONTEÚDO

O governo federal pretende promover um novo corte na tarifa geral de importação praticada pelo Brasil. A redução seria de 10%. Além dessa medida, também há a intenção de zerar o imposto de importações de 11 produtos, dentre eles, os bens que compõem a cesta básica e o aço.

Ministério de Relações Exteriores também tem dialogado com membros do Mercosul (Mercado Comum do Sul) para encontrar um denominador comum entre os países do continente. Entretanto, segundo integrantes do governo, a redução aqui no Brasil acontecerá independentemente da aprovação dos países vizinhos.

Há seis meses, o Ministério da Economia já tinha reduzido as tarifas de importação com o mesmo percentual - 10% - e, na época, a decisão foi tomada com a justificativa de ajudar a entrada de produtos estrangeiros e atenuar a inflação do País.

Desde o programa eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, em 2018, uma das principais bandeiras de seu governo e de Paulo Guedes sempre foi a redução das tarifas de importação.

Diante da guerra entre Rússia e Ucrânia, vários países estão seguindo uma tendência de deixar as cadeias de produção cada vez mais próximos, não dependendo da produção externa... Algo contrário aos pressupostos do livre-mercado e da globalização.

SENTIDO CONTRÁRIO

Apesar dessa mudança de paradigma na economia internacional, a medida da equipe econômica de promover a redução das tarifas de importação seguirá. O governo federal já efetuou a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), com corte de 35%, permitindo uma margem segura para assegurar o corte das taxas dos itens estrangeiros.

Em março, na tentativa de conter a inflação, o imposto de importação foi zerado para seis produtos da cesta básica (café, margarina, queijo, macarrão, açúcar e óleo de soja), além do etanol, um custo estimado de R$ 1 bilhão por ano.

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