Com informações da AFP
A rainha Elizabeth II, que morreu nesta quinta-feira (8), aos 96 anos, deixou "órfãos" 130 milhões de súditos no Reino Unido e nos 14 outros ex-domínios do Império Britânico.
Entre eles, estão Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Jamaica, Antígua e Barbuda, Belize, Papua Nova Guiné, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas, Tuvalu, Granada, Ilhas Salomão, Santa Lúcia e Bahamas.
A rainha Elizabeth esteve à frente do trono britânico por mais de 70 anos, e neste período precisou lidar com 15 primeiros-ministros. A última delas, Liz Truss, esteve apenas uma vez com a monarca.
Historiadores consideram Churchill como o primeiro-ministro que teve maior influência sobre a rainha Elizabeth. Para eles, Churchill serviu como mentor de Elizabeth II.
Especialistas apontam ainda que Elizabeth II "quase sempre" respeitou o princípio de não interferir na política.
INDEPENDÊNCIA ESCOCESA E BREXIT
Durante os polêmicos referendos sobre a independência escocesa, em 2014, e o Brexit, em 2016, foram reveladas declarações feitas por Elizabeth II em privado - e nunca negadas.
De acordo com essas declarações, a rainha Elizabeth tinha preferência por manter os escoceses dentro da Coroa, e ao país deixar o bloco europeu.
Posteriormente, Elizabeth II deu sinais que sugeriam apoio à União Europeia e apelou a "respeitar os diferentes pontos de vista" e "procurar uma base de entendimento", no que foi interpretado como um apelo à superação da divisão criada no país devido ao Brexit.
AQUECIMENTO GLOBAL
Em outubro de 2021, antes da COP26, Elizabeth II considerou "realmente irritante", em uma conversa privada, que os líderes mundiais "falem, mas não atuem" contra o aquecimento global.