AMERICANO BATISTA: Governo Raquel Lyra decide o que vai fazer com o terreno após desapropriação do imóvel

Governadora publicou a sua decisão através do Decreto nº 54.429, que foi publicado nesta sexta-feira (3) no Diário Oficial do Estado
Filipe Farias
Publicado em 03/02/2023 às 18:44
Fundado em 1906, Colégio Americano Batista iria a leilão para pagamento de dívida trabalhista Foto: Colégio Americano Batista / divulgação


Diante da possibilidade real do imóvel do Colégio Americano Batista ser leiloado para pagamento de dívidas trabalhista, conforme a reportagem do JC antecipou, o Governo do Estado de Pernambuco agiu, nesta sexta-feira (3), para garantir a finalidade do terreno e seguir servindo como complexo escolar, e publicou no Diário Oficial do Estado o Decreto nº 54.429, assinado pela governadora Raquel Lyra, que “declara de utilidade pública” a área, incluindo as benfeitorias.

Em vez da mudança de finalidade do prédio para objetivos comerciais, a decisão do governo mantém a funcionalidade do imóvel, entretanto, agora, no âmbito da educação pública estadual. "Vamos manter o prédio como complexo escolar. É um patrimônio de Pernambuco que agora estará a serviço da educação pública”, registrou a governadora Raquel Lyra.

O imóvel e suas benfeitorias fica localizado numa área estratégica da capital pernambucana e, diante do impasse em torno do imóvel - que estava próximo de ser leiloado - apareceu como oportunidade para o governo estadual defender algo que é de interesse público.

De acordo com a Procuradoria-Geral do Estado, Bianca Teixeira, o processo será realizado com transparência e diálogo e a publicação do decreto representa a formalização a primeira fase do processo, que agora será seguido pela realização do laudo de avaliação por parte da administração estadual para que se faça o pagamento, que será custeado pelo tesouro estadual.

“Como a governadora elenca a educação como prioridade de governo, ela viu essa oportunidade diante do leilão que estava marcado e tomou a decisão. O complexo continuará tendo como função social a educação”, afirmou a Bianca Teixeira.

Descrição do bem

O terreno do Colégio Americano Batista fica localizado no número 1308, na Rua Dom Bosco, no bairro da Boa Vista, possui cinco blocos escolares, uma capela e uma residência. Cada bloco escolar tem dois pavimentos:

  • O 1º bloco escolar tendo no térreo: duas salas de aulas, dois sanitários, quatros alas de departamento e uma circulação externa;
  • O 2º bloco escolar consta no térreo seis salas de aulas, um sanitário, sala de diretoria, secretaria, dois gabinetes, corredores de circulação, um depósito e escada. Já o 2º pavimento consta de seis salas de aulas, biblioteca, dois sanitários e circulação;
  • O 3º bloco escolar consta no térreo: duas salas de aula, quatro gabinetes, uma escada, circulação e auditório; o 2º pavimento consta de quatro salas de aula, circulação, um sanitário e um depósito;
  • O 4º bloco escolar consta no térreo: quatro salas de aulas, circulação, um sanitário e um gabinete; o 2º pavimento com quatro salas de aulas, banheiro, escada e circulação;
  • O 5º bloco escolar consta no térreo: cinco salas de aulas, banheiro e circulação; o 2º pavimento com quatro salas de aulas, auditório, um gabinete, circulação, banheiro e escada;
  • A residência térrea é composta de uma sala, três quartos, um banheiro, uma cozinha, terraço e circulação; a capela consta de nave, duas sacristias, um banheiro e circulação.

História do Colégio Americano Batista

O Colégio Americano Batista foi fundado em 1906 pelo missionário norte americano W.H. Canadá, que sentiu o desejo de contribuir para o desenvolvimento da Educação no Brasil e resolveu criar uma escola para alfabetizar e educar crianças que não tinham condições financeiras de investir em estudos particulares.

A escola começou a funcionar num casebre vizinho à primeira Igreja Batista do Recife, inicialmente com treze alunos. Assim começou o Colégio Americano Batista do Recife. Após 13 anos, o então diretor da instituição, o missionário H.H. Muirhead, comprou uma chácara localizada no lugar que atualmente fica o Parque Amorim, onde foi instalado o colégio.

Após a aquisição do terreno, o primeiro edifício construído levou o nome do professor Alfredo Freyre, antigo diretor do colégio e advogado que intermediou a compra da propriedade.  A ideia original era que o prédio reproduzisse a fachada da Casa Branca, sede da presidência dos Estados Unidos.

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