A reoneração dos impostos federais sobre os combustíveis trouxe a volta do aumento da gasolina.
Os combustíveis mais caros não irão impactar exclusivamente na hora de pagar nos postos de gasolina, mas também em diversos setores da economia do País.
COM O AUMENTO DA GASOLINA, COMO FICA A INFLAÇÃO?
O aumento nos preços de combustíveis pode elevar a inflação prevista para março em 0,32 pontos percentuais, o que já é um considerado um salto significativo por analistas.
Esse cálculo é do coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, André Braz.
“A gasolina é muito significativa, porque responde por mais ou menos metade da inflação prevista para março”, aponta Braz.
Ele também ressalta que a inflação oficial de março deve terminar em 0,70%, sendo impulsionada pela gasolina.
O QUE VAI FICAR MAIS CARO?
Mas, mesmo com o aumento da inflação em geral, o aumento no preço da gasolina não consegue impactar consideravelmente o valor dos alimentos e outros produtos e serviços além do transporte.
“O combustível que pesa para todo mundo é o diesel. Ele tem participação muito pequena no orçamento familiar, mas movimenta caminhões nas estradas, encarece a passagem de ônibus e o frete que traz produtos para os grandes centros urbanos”, explica Braz.
O diesel é um dos únicos combustíveis que não foram afetados pela reoneração dos impostos federais sobre os combustíveis, junto ao gás natural veicular e o querosene de aviação civil.