O Centro de Liderança Pública (CLP) divulgou, nesta quarta-feira (23), o resultado do Ranking de Competitividade dos Municípios e do Ranking de Cmpetitividade dos Estados. A liberação dos dados aconteceu junto com a festa do Prêmio Excelência em Competitividade 2023, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A governadora de Pernambuco Raquel Lyra participou do evento.
Pela promeira vez, desde que o Ranking foi criado, em 2020, o Recife figura na lista dos 50 municípios mais competitivos do Brasil em 2023. O resultado garante à cidade a condição de única do Nordeste a ocupar o TOP 50, ficando na 37ª posição. Para alcançar o resultado, o município avançou 45 posições.
A divulgação do Ranking detalhado mostra quais são os principais potenciais e também os maiores desafios dos municípios. Realizado pelo Centro de Lideranças Públicas (CLP), junto com a Gove e a Seall, o Ranking analisa 410 municipios com mais de 80 mil habitantes nas cinco regioes do Brasil. Todas as cidades foram avaliadas a partir de 65 indicadores, distribuidos em 13 pilares tematicos e tres dimensoes consideradas fundamentais para a promocao da competitividade e melhoria da gestao publica dos municipios brasileiros.
AINDA PRECISA AVANÇAR MAIS
No Recife, o pior desempenho está no indicador de segurança. Dos 410 municípios avaliados, a Capital pernambucana está em 344º lugar. Embora tenha avançado 52 posições entre 2022 e 2023, o município está entre os 100 piores do País em segurança. A situação é semelhante no indicador de telecomunicações, onde Recife também aparece entre os 100 piores do Brasil, na 343º colocação, mesmo já tendo subido 52 colocações nos dois últimos estudos.
De acordo com o Ranking, também merece atenção o indicador de acesso à saúde, que piorou entre 2022 e 2023, despencando 52 posições. Com esse desempenho, o Recife passou para a 302ª posição no Brasil. Ciente do problema, o prefeito do Recife João Campos (PSB) tem realizado mutirões do chamado Recife Cuida, com a terceira fase iniciada esta semana.
O município abriu uma concorrência pública para unidades de saúde privadas e conveniadas, com o objetivo de ofertar 130 mil procedimentos diversos, nas mais diversas áreas da medicina, como angiologia, cardiologia, endoscopia, ultrassonografia e cirurgias geral e vascular. Com investimento previsto de R$ 51 milhões, a ação espera beneficiar 70 mil usuários do SUS em 6 meses.