Após a International Board (IFAB, na sigla em inglês) anunciar que regras importantes do futebol serão alteradas a partir de 1º de junho, os árbitros locais têm procurado se adaptar ao cenário de quarentena para fazer a capacitação. Mudanças como o fato de o juiz não precisar mais fazer o batedor de pênalti repetir a cobrança se o chute for para fora ou na trave, em caso de antecipação do goleiro, poderão passar a valer a partir do Campeonato Brasileiro. Já os torneios que começaram antes das mudanças serem realizadas poderão seguir com as normas antigas.
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De acordo com o membro da Comissão Estadual de Árbitros de Futebol (Ceaf-PE) Erich Bandeira, os juizes pernambucanos ou residentes no estado têm recebido ajuda importante da Comissão Nacional de Árbitragem (CNA) para a capacitação. O processo vem sendo facilitado pela tecnologia.
"A Comissão Nacional de Arbitragem tem disponibilizado vídeos para que nós possamos responder, treinar e ficarmos capacitados para quando aquilo acontecer no campo de jogo a gente saber tomar uma decisão. Já teve vídeo de pênalti, de impedimento e de mão. São colocados em uma plataforma. Vêm para os árbitros 10 vídeos e ali você escolhe as suas respostas e fecha como se estivesse fazendo uma prova on-line. Depois recebe o seu resultado e somos retroalimentados com as informações de cada lance daquele, embasado na regra. Porque foi pênalto, porque não foi. É uma forma da gente continuar treinando virtualmente, graças a Deus, e às ferramente de comunicação", comentou Bandeira, em entrevista ao radialista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal.
Assim como os jogadores de futebol, os árbitros têm seguido uma rotina de treinos em casa para manter o condicionamento físico necessário ao desempenho de suas funções nos jogos. "Nós estamos fazendo planilhas de treinamentos semanais, adaptadas ao espaço físico do árbitro, já que muitos não podem descer do prédio. Outros estão em praia, em sítio. Cada um tem seu espaço. De acordo com os seus espaços, eles vão tentando se movimentar para que não percam a forma física", contou Erich Bandeira.
Mão na bola - o toque na junção do braço com a axila, ou seja, na região da manga curta da camisa, não será mais considerado infração. Já o toque de mão involuntário no ataque só deve ser assinalado, caso leve a um gol ou a uma "ocasião manifesta de gol.
Pênalti - os árbitros não deverão voltar a cobrança, em caso dos goleiros se adiantarem, caso a bola vá na trave ou para fora. Os arqueiros serão advertidos, mas não recebem cartões.
VAR - quando o incidente revisado for suscetível a considerações subjetivas, o árbitro deve revisá-lo no monitor à beira do campo.