O presidente do Sport, Milton Bivar, revelou uma série de questões que precisam ser resolvidas antes de confirmar o retorno das atividades do futebol durante o enfrentamento da pandemia do coronavírus. De acordo com o mandatário rubro-negro, a pandemia tem que ser levada a sério também no âmbito esportivo: "não é porque é futebol que essa pandemia não tem que ser levada a sério", disparou o dirigente em entrevista ao programa Bate Rebate, da Rádio Jornal.
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Milton Bivar foi questionado pelo comentarista Ralph de Carvalho sobre um possível retorno das atividades em maio - a Federação Pernambucana de Futebol vem estudando alternativas para a retomada dos clubes. Bivar, porém, argumentou que ainda não é possível voltar o futebol nas próximas semanas. Entre os motivos apontados está a falta de controle do contato entre os jogadores em uma partida.
Ele explicou. "O mês de maio já foi para o pau. O mês de maio já era. Então vai ter o que? O máximo que pode acontecer é na segunda quinzena de maio a gente liberar para o treinamento dos atletas. E voltar a jogar em junho. E vai fazer o que? O pessoal fala: vamos jogar sem público. De portões fechados. Mas para isso demanda muita coisa. Não é assim. Volta a treinar de quatro em quatro jogadores e depois bota pra jogar. Não é assim. Como você vai preparar uma equipe só fisicamente. E os treinos táticos e técnicos, os coletivos? Tem que ter. Então precisa no mínimo de 20 dias. Do dia de retornar até o dia da competição", apontou o presidente do Leão.
O presidente também falou que o contato dos jogadores em uma partida é inevitável e questionou quem vai se responsabilizar por isso. "Outra coisa. Vamos fazer de portões fechados. Todo mundo de máscara. Quero saber na hora de cobrar o escanteio, ninguém toca em ninguém. Lógico que o contato vai haver, vai haver o risco. Quem é que vai garantir, quem vai segurar os atletas. Porque se um atleta pega passa para o outro e de repente quatro jogadores pegaram coronavírus. É uma loucura. Tem que ter calma. Esse negócio tem que ser levado a sério. Não é porque é futebol que essa pandemia não tem que ser levada a sério. Eu sei que é ruim. Os atletas estão doidos para voltar. Eu também sou doido por futebol, do movimento, do dia a dia, da coisa toda. Mas infelizmente não podemos de forma alguma relaxar devido à pressa de retornar às competições", concluiu.