O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, realizou uma série de consultas nesta quarta-feira a todos os membros da instância para tratar das consequências da pandemia de coronavírus, que causou principalmente o adiamento para 2021 dos Jogos de Tóquio, confirmaram fontes.
A instância máxima olímpica "realizou hoje (quarta-feira) uma série de consultas internas com membros do COI para preparar a sessão em que a comissão executiva trabalhará durante sua reunião em 10 de junho", disse uma fonte da entidade à agência AFP.
A próxima sessão do COI será realizada em 17 de julho, de maneira virtual, remotamente, como resultado das medidas tomadas para combater a pandemia de coronavírus.
Esta 136ª sessão seria realizada em Tóquio em julho próximo, antes da abertura dos Jogos Olímpicos, que foram adiados para 2021 devido à pandemia.
Bach iniciou sua rodada de consultas às 10 horas locais (5h00 no horário de Brasília) por videoconferência. Foi a primeira de três sessões de consulta ao longo do dia.
Os cem membros foram divididos em três grupos, dependendo do idioma e do fuso horário.
O líder do movimento olímpico, portanto, queria reunir as opiniões dos membros, especialmente em relação ao "processo de gerenciar as consequências da pandemia de coronavírus", segundo uma fonte próxima à organização, com sede em Lausanne.
Bach quer ouvir "as reflexões, ideias e experiências de todos os membros ao redor do mundo", de acordo com a mesma fonte. O presidente do COI reuniu todos os membros para anunciar em 24 de março a decisão de adiar os Jogos Olímpicos para 2021, que estavam inicialmente agendados para 2020.
Foi a primeira vez desde o início da crise sanitária da covid-19 que Bach realizou uma reunião para discutir as consequências da pandemia.
Bach foi acompanhado por Christophe Dubi (diretor dos Jogos Olímpicos), Kit McConnell (diretor de esportes), Christophe De Kepper (diretor-geral do COI) e Lana Haddad (diretora financeira).
O diretor médico Richard Budgett também falou para tratar da "questão da vacina" contra o coronavírus, de acordo com outra fonte próxima à organização.
Bach admitiu na semana passada que os Jogos de Tóquio seriam definitivamente cancelados se não puderem ocorrer em 2021 caso a pandemia ainda não estiver sob controle.
Em 14 de maio, o COI anunciou que destinará 800 milhões de dólares para superar a crise do novo coronavírus, que tem um impacto "muito severo" no movimento olímpico