O retorno do futebol deve ser neste mês e a volta terá algumas novas regras. Uma delas, por exemplo, é a bola na mão, que sempre gera polêmica quando é ou não marcada. E, na opinião de Erich Bandeira, ex-árbitro e atual membro da comissão de arbitragem de Pernambuco, essa regra será a mais difícil de se aplicar quando a bola voltar a rolar, pois mesmo ela sendo atualizada, ainda segue sendo interpretativa e subjetiva. Na entrevista que concedeu ao comentarista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal, Erich falou sobre esta regra e também com relação ao quadro de árbitros nas finais do Campeonato Pernambucano.
"Tem a situação que a mão sempre vai ser uma regra que não vai atingir a unanimidade. Você tem vários fatores para a interpretação do lance de mão. Entretanto, agora uma mudança forte que aconteceu é quando a bola bate na mão do atacante, mesmo que de forma acidental, não é para ser marcada essa mão se ela não gerar uma oportunidade de gol para o jogador em que a bola bateu na mão, ou para o companheiro ou se essa bola entrar diretamente no gol. E aí vai ficar da interpretação de cada árbitro. Então não é uma regra fácil", afirmou Erich em entrevista à Rádio Jornal.
"Eu considero que a mão ainda seja o grande calo das regras do futebol. As vezes não era nem uma situação eminente de ataque e a bola acidentalmente batia na mão do jogador que tava ali na frente da área, os árbitros marcavam essa mão sem ele ter a intenção de tocar na bola com a mão. Então essa regra veio para corrigir. Mas feito eu disse, ela ainda continua sendo subjetiva e interpretativa, então nunca será unanimidade", completou o ex-árbitro.
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Na última final do Campeonato Pernambucano, a equipe de arbitragem foi formada por integrantes de fora do Estado. Para este ano, ainda não se sabe, já que a pandemia do novo coronavírus afetou as finanças dos clubes. Para Erich Bandeira, o Estadual de 2020 não teve tantos erros e, por conta disso, ele enxerga com bons olhos a presença de uma comissão local apitando os jogos decisivos do torneio.
"A situação (de arbitragem de fora ou local) depende muito do campeonato. Têm momentos em que acontecem erro de arbitragem e você continua impossibilitado de continuar escalando árbitros locais. Mas esse ano é um ano atípico e também não vi o campeonato com tantos erros assim. Tivemos problemas pontuais em alguns jogos. Esse ano eu ainda credibilizava as finais do torneio para os árbitros locais, mas a gente tem que fazer o que foi determinado no acordo com os clubes. A FPF é a casa mãe do futebol de Pernambuco, mas ela tem que ouvir os seus filiados", finalizou.