A etapa de Saquarema, no Rio de Janeiro, do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia disputada neste domingo (20) teve uma cena que chamou a atenção de todos. A atleta Carol Solberg, filha da ex-jogadora de vôlei Isabel, protestou contra o presidente Jair Bolsonaro. Ela ganhou a medalha de bronze na competição.
"Só para não esquecer: fora, Bolsonaro!", ela gritou após pegar o microfone das mãos da parceira, Talita, durante entrevista concedida ao canal SporTV. As duas venceram a dupla Josi e Juliana por 2 sets a 0 (21/19, 21/14). Mais tarde, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) repudiou o ato.
Carol se explicou ao dar entrevista ao Blog Olhar Olímpico, do UOL. "O 'fora, Bolsonaro' está engasgado aqui na garganta. Ver esse desgoverno dessa forma, ver o pantanal queimando, 140 mil mortes e a gente encarando a pandemia desse jeito. É isso. Tá engasgado esse grito. E me sinto, como atleta, na obrigação de me posicionar", disse Carol.
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) soltou uma nota em seu site oficial repudiando a atitude de Carol Solberg. Veja a nota na íntegra:
"A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) vem, através desta, expressar de forma veemente o seu repúdio sobre a utilização dos eventos organizados pela entidade para realização de quaisquer manifestações de cunho político.
O ato praticado neste domingo (20) pela atleta Carol Solberg durante a entrevista ocorrida ao fim da disputa de 3º e 4º lugar da primeira etapa do Circuito Brasileiro Open de Volei de Praia – Temporada 2020/2021, em nada condiz com a atitude ética que os atletas devem sempre zelar.
Aproveitamos ainda para demonstrar toda nossa tristeza e insatisfação, tendo em vista que essa primeira etapa do CBVP OPEN 2020/2021, considerada um marco no retorno das competições dos esportes olímpicos, por tamanha importância, não poderia ser manchada por um ato totalmente impensado praticado pela referida atleta.
Por fim, a CBV gostaria de destacar que tomará todas as medidas cabíveis para que fatos como esses, que denigrem a imagem do esporte, não voltem mais a ser praticados".