Firme na liderança do ranking da ATP, apesar da derrota na final de Roland Garros, o sérvio Novak Djokovic disputará pela primeira vez após mais de uma década o torneio de Viena, de 24 de outubro a 1º de novembro, como preparação para o Masters, declarou nesta quinta-feira o tenista à AFP. "Quero jogar o torneio de Viena que não havia planejado inicialmente", declarou.
"Não jogo em Viena há quinze anos e estou feliz" por voltar, acrescentou Nole, vencedor dos torneios de Cincinnati e Roma, mas derrotado na final em Roland Garros pelo espanhol Rafael Nadal. Especificamente, o sérvio atuou pela última vez na capital austríaca em 2007, quando foi campeão ao vencer na final o suíço Stan Wawrinka.
O Masters em Londres, que reunirá os oito melhores tenistas da temporada, será disputado de 15 a 22 de novembro. "Esta temporada, que é agitada, diferente e rara, tem me dado também muito êxito e estou satisfeito com meu jogo, os pontos e a classificação", destacou Djokovic.
"Espero, depois destes dois meses e meio sair, terminar a temporada como número um do mundo. É o objetivo profissional e vou trabalhar por isso. Isso depende acima de tudo de mim", acrescentou. Djokovic tem 1.890 pontos a mais no ranking da ATP que seu grande rival Nadal, que o derrotou na final de Roland Garros por 6-0, 6-2 e 7-5.
Um dia após perder na decisão do Grand Slam em Paris, o sérvio foi para a Bósnia onde, durante três dias, passou a maior parte do tempo em um parque em Visoko, uma pequena cidade perto de Sarajevo, na companhia de sua esposa Jelena.
Conhecido por seus métodos particulares de preparação para os jogos, o sérvio elogiou os efeitos "benéficos" desse local, "um paraíso na terra", que já havia visitado em julho, em especial esses "túneis de energia", ricos, oficialmente, em íons negativos.
"Tenho jogado muitas partidas nos últimos dois meses e meio e estava nessas bolhas. Não pude sair devido a restrições e regras (devido à pandemia de covid-19), e isso foi muito desgastante mentalmente", explicou Djokovic. “É o último dos meus três dias aqui e me sinto restaurado, regenerado”, afirmou o vencedor de 17 títulos de Grand Slam, antes de entrar em um dos túneis.
Fundador deste parque, o explorador bósnio Semir Osmanagic, que defende certas teorias da conspiração sobre o coronavírus, afirma desde 2005 que o Vale Visoko é o lar de pirâmides e uma rede de túneis "energéticos" que datam de cerca de 29.000 anos.