Rashford tem pedido de ampliação de refeições grátis negado pelo governo

O atacante inglês Marcus Rashford pressiona o governo do país para que providencie três refeições diárias para as crianças durante as férias de Natal
Karoline Albuquerque
Publicado em 15/10/2020 às 17:26
Marcus Rashford pressionou o governo para que fornecesse refeições às crianças durante as férias de verão. Foto: Ben Stansall/AFP


Bastante ativo no combate à fome de crianças na Inglaterra, o atacante Marcus Rashford, do Manchester United, recebeu uma negativa do primeiro-ministro britânico Boris Johnson nesta quinta-feira (15). O jogador solicita que as refeições continuem a ser dadas de graça para os pequenos estudantes ingleses durante as férias de Natal. Johnson, porém, diz que não pode fazer nada.

Um porta-voz do primeiro ministro afirmou que não é dever da escola providenciar comida durante as férias. "Tomamos a decisão de estender as refeições escolares grátis durante a pandemia quando as escolas estavam parcialmente fechadas por causa do lockdown. Estamos em uma posição diferente agora com as escolas novamente abertas para todos os pupilos", disse o porta-voz.

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O representante do governo acrescentou ainda que a melhor forma de ajudar às famílias fora do período de aulas é pelo crédito universal. A resposta não agradou a Rashford, que utilizou sua conta oficial no Twitter para divulgar a petição ao Parlamento do Reino Unido para que o governo garanta três refeições diárias às crianças, para acabar com a fome.

"Feliz natal, crianças. Também não é obrigação dos bancos alimentares oferecerem refeições a milhões de crianças britânicas, mas aqui estamos nós. Existe um aumento da fome em 250 por cento. Isto não vai desaparecer e eu também não", escreveu o atacante do Manchester United, de 22 anos.

Em menos de um dia, a petição chegou a mais de 100 mil assinaturas. Na última semana, Marcus Rashford foi condecorado pela rainha Elizabeth II com a medalha da Ordem do Império Britânico (MBE), por sua luta contra a pobreza e a fome de crianças carentes. As campanhas do atacante contra a fome pressionaram o governo a fornecer as refeições aos estudantes durante as férias de verão do hemisfério norte durante a pandemia da covid-19.

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