Volta do público aos estádios depende do Governo de São Paulo, diz presidente da FPF

Com a decisão da volta igualitária para todos os estados do Brasil, São Paulo passa a travar qualquer diálogo sobre protocolos de retorno da torcida aos estádios de futebol
Túlio Feitosa
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Túlio Feitosa
Publicado em 22/10/2020 às 12:23
Evandro Barros de Carvalho é o atual presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) Foto: LEO MOTTA/JC IMAGEM


Em meio aos debates sobre a volta de público nos eventos esportivos, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, afirmou que há nenhuma definição sobre esse retorno no futebol brasileiro. Segundo ele, as federações estaduais de todo o Brasil aguardam a autorização do Governo de São Paulo para um acordo em conjunto.

"Novamente fizemos uma reunião em São Paulo, que novamente se posicionou contra. A gente só pode fazer alguma coisa quando houver, do Governo de São Paulo, a concordância de retorno do público, seja 20%, seja 30, seja 10. Mas enquanto não houver essa concordância, podemos fazer nada", contou Evandro.

No dia 24 de setembro, os clubes da Série A se reuniram em reunião que terminou em bate-boca entre o presidente da CBF, Rogério Caboclo, e o presidente da Ferj, Rubens Lopes, que estava discordando do rumo que viria a ser decisão entre os representantes que estavam presentes.

Os clubes voltaram a se reunir, no dia 26, e decidiram de forma unânime que o retorno das torcidas deveria ser igualitária para todos os estados que sediam o Campeonato Brasileiro. Abertamente a favor do retorno do público, o Flamengo não compareceu à reunião com nenhum representante. Uma nova reunião foi feita na última semana para reavaliar os casos, mas a situação não mudou.

"Ou tem público para todo mundo, ou tem público para ninguém. Os clubes se reuniram, na assembleia geral, e decidiram por unanimidade que não será possível conceder o benefício de público para um clube, ou dois, ou dezenove, e não conceder para outro", ressaltou o presidente da FPF.

Único Estado que ainda não discutiu medidas protocolares para o futebol, São Paulo passa a estar com a decisão do retorno do público no Brasileirão nas mãos. Segundo Evandro Carvalho, todos os outros Estados deram aval positivo, a depender das medidas de segurança a serem tomadas.

"Todos os Estados sinalizaram que, dependendo do protocolo, autorizaria. São Paulo não autorizou de jeito nenhum, com nenhum protocolo. Ele (o governador) simplesmente vetou, sem nem chance de discutir, qualquer volta de público", pontuou. "No momento que São Paulo disser 'pode colocar público a partir de dezembro, a partir de janeiro', aí a gente senta e vai ver como que coloca esse público", completou Evandro.

Arena de Pernambuco

Mesmo sem definição sobre o retorno, Evandro Carvalho comentou sobre a Arena de Pernambuco como local único para receber a torcida pernambucana. Segundo ele, a definição ainda seria discutida quando os protocolos também fossem ser definidos, em cenário onde São Paulo já estaria aberta a receber público nos estádios.

"Vários Estados pontuaram, primeiro, limite de público... outros disseram que autorizariam se fosse em um único estádio, porque fariam um protocolo único em um estádio só. Então, evidentemente, se for em um estádio, só poderá ser a Arena (de Pernambuco)", finalizou.

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