Para quem está acompanhando os Jogos Olímpicos de Tóquio, pode estar sentindo falta da bandeira da Rússia, uma das que mais marca presença no topo do quadro de medalhas. Isso porque o país está sofrendo uma punição aplicada pela Agência Mundial Antidoping (sigla Wada, em inglês) desde 2019, e não pode nem ouvir o hino russo em caso de pódio.
Representada pela bandeira do Comitê Olímpico da Rússia (ROC), o país foi banido pela Wada após uma série de violações. Entre essas, estão a manipulação de dados laboratoriais sem autorização, destruição de arquivos de possíveis casos de doping em parte de um esquema que envolveria o governo russo.
Vencedores da medalha de ouro na categoria de times da ginástica artística masculina, a delegação do Comitê Olímpico da Rússia subiu no pódio ao som de uma música clássica.
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A Rússia já tinha sofrido uma punição na Olimpíada de Inverno de PyeongChang, em 2018, com a Wada fazendo recomendações para que a Rusada, agência antidoping do país, voltasse a ser considerada como confiável. Mas os russos seguiram cometendo transgressões e a Wada tomou providências mais duras, banindo a bandeira e o hino da Rússia dos Jogos Olímpicos por quatro anos.
Além disso, os atletas russos que forem competir nas Olimpíadas terão que provar que não cometeram doping em agências de outros países para competir, ainda, sob a bandeira do Comitê Olímpico Russo. A mesma pena vale para a Olimpíada de Inverno de Pequim, prevista para acontecer em fevereiro de 2022.
O banimento também pode sobrar para a seleção principal de futebol da Rússia, impedindo-os de disputar a Copa do Mundo do Catar, em 2022, caso obtenham a vaga.