Com Estadão Conteúdo
A judoca Mayra Aguiar estrou para a história. A brasileira faturou a medalha de bronze, na manhã desta quinta-feira, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A terceira seguida dela nas Olimpíadas. Ela derrotou a sul-coreana Yoon Hyunji, na categoria de 78 kg para mulheres no judô, com um ippon. Assim, com a terceira medalha olímpica, ela se tornou a única mulher do país a conseguir o feito em um esporte individual. Além disso, a única judoca do Brasil, contando com os homens, que atingiu a marca.
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Bronze em Londres-2012 e Rio-2016, Mayra caiu no choro após a conquista de mais um bronze olímpico. "Estou bem emocionada Acho que é a conquista mais importante pra mim", resumiu.
O bronze de Mayra tem a marca da superação. Não à toa, ela chorou muito em cima do tatame. Na reta final de preparação para a Olimpíada de Tóquio, a judoca teve uma séria lesão ligamentar no joelho esquerdo e precisou ser operada. Havia o risco de ela ficar de fora da Olimpíada, mas a judoca voltou a tempo de garantir sua presença nos Jogos.
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Mayra recuperou o ritmo perdido por causa da lesão e conseguiu mostrar o talento que já a levou a ser bicampeã mundial.
O caminho de Mayra rumo ao pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio começou com um ippon contra a israelense Inbar Lanir. Ela estreou direto nas oitavas de final por ser uma das cabeças de chave. Na luta seguinte, no entanto, ela acabou perdendo par Anna-Maria Wagner, da Alemanha, número 3 do mundo, em um duelo muito truncado, decidido no golden score.
A disputa da repescagem contra Aleksandra Babintseva, do Comitê Olímpico Russo, foi bastante equilibrada também. A adversária, porém, recebe três shidos (punições) por fugir do combate e Mayra foi declarada vencedora.
Foi o segundo bronze do judô brasileiro nos Jogos de Tóquio. Antes, Daniel Cargnin subiu ao pódio na categoria até 66 kg.