Com informações do CPB
O Brasil conquistou na manhã desta quarta-feira (25) suas primeiras medalhas nos Jogos Paralímpicos de 2020. No primeiro dia de finais da natação, no Centro Aquático de Tóquio, já teve hino brasileiro tocando.
> Confira o que esperar do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio
Foi com o paulista Gabriel Bandeira, medalha de ouro nos 100 m borboleta S14 (para atletas com deficiência intelectual). E com direito a recorde paralímpico, com o tempo de 54.76.
Até os 11 anos de idade, Gabriel, natural de Indaiatuba (SP), competia na natação convencional. Após algumas dificuldades de evolução nos treinamentos, ele foi submetido a alguns testes, que constataram uma deficiência intelectual. No ano passado, o nadador participou de sua primeira competição paralímpica e, na ocasião, quebrou quatro recordes brasileiros. Já em 2021, bateu seis recordes das Américas.
"Acho que dentro do possível, [o ouro foi] mais do que o esperado. Tivemos um imprevisto. Ficamos mais tempo dentro do quarto do que o esperado. Tenho mais cinco provas. Foi bom quebrar o gelo com ouro [risos]", disse Gabriel Bandeira em entrevista ao SporTV.
Já o mineiro Gabriel Araújo dos Santos, 19 anos, foi prata nos 100 m costas S2. Ele cravou o tempo de 2min02s27. O ouro ficou com o chileno Alberto Abarza, que fez 2min00s40. Mineiro de Santa Luzia (MG), o nadador tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física da escola onde estudava, nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG).
"Estou feliz e muito emocionado. Só eu sei o que passei para estar aqui. Essa medalha não é só minha, mas da minha família, do povo de Juiz de Fora, de todo mundo que torceu por mim. Dedico essa prata ao meu avô, que faleceu na semana passada", disse Gabriel Geraldo, emocionado, em entrevista ao Sportv.